Apoiador de primeira hora do processo de lawfare conduzido por Sergio Moro (União-PR) e Deltan Dallagnol (Podemos-PR) que abriu caminho para o governo fascista de Jair Bolsonaro (PL), Merval Pereira, da Globo, teve um chilique e atacou Lula (PT), chamando o presidente de "chefe de facção", por ter unido os chefes dos três poderes e os 27 governadores na reação aos atos terroristas de bolsonaristas que destruíram o Palácio do Planalto, o Congresso e o edifício-sede do Supremo Tribunal Federal (STF).
De forma surreal, ao nível dos delírios de bolsonaristas, o porta-voz político da família Marinho escreveu que "Lula errou ao falar sobre a situação colocando-se como chefe de uma facção, não como presidente da República".
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"Tentar defender uma suposta superioridade da esquerda sobre a direita só atiça os ânimos de quem não quer ver o PT no poder. O governo Lula deve se impor a essa quase metade do eleitorado que votou em Bolsonaro pela eficiência, pela seriedade, pela sensatez", afirma o "imortal" da Globo, defendendo causa própria.
Em seguida, Merval desenterra uma série de ladainhas que serviu de base para o discurso de ódio e de mentiras propagado por Jair Bolsonaro para incitar apoiadores - que resultou justamente nos atos terroristas da ultradireita em Brasília.
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Antes de afirmar que o governo "deve obedecer à meritocracia sempre que possível", o jornalista escreve que "está evidente, [que os golpistas] foram auxiliados por colaboracionistas incrustados nas Forças Armadas, nas polícias militares, na máquina pública, seja distrital, seja federal" e que "não será tarefa fácil desaparelhar os órgãos públicos, e não se resolve a questão aparelhando-os com petistas, como feito anteriormente".
Merval, então, destila seu rancor e ódio contra Lula.
"Lembrar que foram quadros de carreira nas estatais que participaram da rapina do petrolão só reforça a tese de que o governo deve levar em conta não apenas a divisão de cargos entre seus aliados, mas o conceito de que a máquina pública deve ser usada para melhorar o país, não para rechear os cofres partidários ou os bolsos de líderes políticos", escreve.
O colunista da Globo ainda afirma que a maioria do Ministério de Lula é "medíocre" e sai na defesa dos "líderes de direita surgidos nos últimos anos, com gestões competentes e ação política eficaz".
"Uma demonstração de humildade ao constatar que o novo Congresso é mais conservador, fruto da influência de Bolsonaro na eleição. Quando Lula era hegemônico, ninguém se dizia de direita. Ser “de direita” tornava o cidadão um pária. Hoje, líderes de direita surgidos nos últimos anos, com gestões competentes e ação política eficaz, são um refúgio para eleitores que não querem se misturar com os extremistas, mas também não veem o PT ou Lula como solução. Muito ao contrário", ataca Merval, incitando, mais uma vez, o ódio contra Lula e a esquerda.