ELEIÇÕES 2022

Ipec: Merval Pereira fala em "voto envergonhado" e projeta vitória de Lula no 1º turno

Porta-voz da família Marinho, Merval Pereira alerta, no entanto, para apoios de Zema e ACM Neto a Bolsonaro caso Lula não vença no primeiro turno.

Merval Pereira, Janja e Lula.Créditos: Instituto Millenium/ Ricardo Stuckert
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Porta-voz político da família Marinho, Merval Pereira falou em "voto envergonhado" em artigo no jornal O Globo nesta terça-feira (20) em que prevê vitória de Lula (PT) no primeiro turno ao analisar os dados da pesquisa Ipec divulgada na noite desta segunda-feira (19) que mostram o petista com 52% dos votos válidos.

"A nova pesquisa Ipec trouxe ânimo para a campanha de Lula, renovando as esperanças de ganhar no primeiro turno. Há ainda uma novidade que as pesquisas escondem e pode mudar o resultado: o surgimento do voto envergonhado em Lula", afirmou no artigo.

Segundo o jornalista, a pequisa Ipec mostra que "4% de eleitores que declaram voto indeciso ou nulo, mas votam em Lula quando o tablet do pesquisador é deixado em suas mãos para que escolha o candidato sem ser observado".

Merval chama a atenção para um suposto índice de abstenção "esepcialmente por receio da violência", que poderia levar a eleição para o segundo turno.

"Se Bolsonaro for para o segundo turno com uma diferença menor para Lula que a estimada pelos maiores institutos, como DataFolha e Ipec, será motivo para que alimente a narrativa de que foi montado um esquema para impedir sua vitória. Mais um mês de campanha fará com que Bolsonaro possa alimentar a esperança de virar o resultado".

Ao analisar a situação nos Estados, especialmente em Minas e Bahia, onde Romeu Zema (Novo) e ACM Neto (União) se descolaram de Bolsonaro durante a campanha e podem vencer no primeiro turno, Merval chama a atenção para um potencial apoio extra ao atual presidente.

"Essas incoerências levam os bolsonaristas a apostar num segundo turno mais robusto, com apoio de governadores eleitos no primeiro turno", afirma, lamentando que "a terceira via poderia ter se viabilizado em nível nacional se seus integrantes tivessem se unido verdadeiramente, e mais cedo".