Um dia depois de publicar no UOL, no último sábado (6), um artigo sobre a difusão do ódio como instrumento de poder, o jornalista Jamil Chade passou a receber ameaças de morte.
Chade reproduziu em sua conta do Twitter algumas das ameaças e passou a receber solidariedade de políticos, artistas e colegas de diversos matizes políticos que repudiaram as ameaças.
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O jornalista também cobrou providências do governo brasileiro em nome da defesa dos direitos humanos, da democracia e de tratados assinados junto à ONU (Organização das Nações Unidas).
"O governo brasileiro promove e assina declarações na ONU pela proteção dos jornalistas. Mas se não agir dessa maneira diante de ameaças que tantos de nós sofremos, o que a diplomacia faz é mentir para a comunidade internacional sobre quais são suas políticas de direitos humanos e de defesa da democracia", afirmou.
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"A Justiça Global se solidariza a @JamilChade, jornalista comprometido com a cidadania e a verdade, contra a violência sofrida em função da sua profissão. Ameaças a jornalistas/comunicadores não cabem em uma democracia!", escreveu a entidade de Direitos Humanos.
Solidariedade
A cantora Zélia Duncan enviou mensagem a Chade ele que se referiu aos autores do ataque como "covardes de internet".
"Amigo querido, você bem sabe, estamos na lama e isso que você está experimentando é proporcional à sua importância e esses covardes de internet não passarão" escreveu.
"Cadeia para esta gente. Minha solidariedade e o conselho: denuncie", tuitou a deputada federal Joice Hasselmann (PSDB).
A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB) escreveu: "minha solidariedade, Jamil. Venceremos essa maré de ódio”.
Marcia Tiburi citou diretamente o presidente em sua mensagem de apoio, falando da intensificação de ataques de ódio desde 2018, quando o presidente Jair Bolsonaro (PL) foi eleito.
Já a deputada federal Maria do Rosário (PT) relacionou os ataques ao que entende como "incentivo à violência" de quem está no poder, também em referência indireta a Bolsonaro.
Jean Wyllys, que abriu mão do mandato de deputado federal em janeiro de 2019 justamente em função de ameaças de morte, também citou os ataques que recebe em manifestação de apoio ao jornalista.
"Minhas redes também estão cheias dessas ameaças. Mas quanto mais ameaçam, mais eu falo, mais eu faço! Força!", escreveu.