Após dedicar dezenas de capas para tentar assassinar a reputação de Lula e contribuir para a morte da ex-primeira-dama, Marisa Letícia - como o próprio ex-presidente afirmou em recente entrevista -, a revista Veja agora volta suas armas para a socióloga Rosângela da Silva, a Janja, namorada do petista.
Em reportagem de Hugo Marques, no site da publicação nesta terça-feira (29), a Veja diz que a "socióloga deve mais de 200 mil reais à Caixa Econômica, ao Fisco e a condomínio -- mas os oficiais não conseguem encontrá-la para entregar a notificação".
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Logo na abertura do texto, a revista da editora Abril faz questão de dizer que um dos endereços de Janja - que mora com o ex-presidente Lula desde que ele deixou a prisão injusta, em Curitiba - é na Avenida Vieira Souto, no Rio de Janeiro, "um dos aluguéis mas caros do Rio de Janeiro", onde os oficiais de justiça não conseguem encontrá-la.
A reportagem diz que Janja "deve mais de 220 mil reais, segundo ações na Justiça Federal e no Tribunal de Justiça do Paraná. Em um dos processos, a Caixa Econômica Federal cobra 109 mil reais da companheira do ex-presidente".
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Bem ao final do texto, sem muito destaque, a publicação esconde a posição da assessoria de Lula, que respondeu à tentativa de assassinar a reputação da noiva.
"Janja informou, por intermédio de assessoria, que a dívida com a Caixa Econômica Federal está em fase de negociação. Já o débito junto à Receita, informou a noiva de Lula, trata-se de 'questões particulares com tratativas negociais normais'. A pendência com o condomínio, segundo ela, já foi resolvida", diz o texto ao final.
Revista foi dada como garantia pela dívida da Abril com a União
No ano passado, a Editora Abril ofereceu a revista Veja e outras marcas de revistas como garantia de uma negociação com a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) que garantiu um desconto de 70% - porcentual máximo permitido em Lei - em multas e juros da dívida de R$ 830 milhões que a empresa tem como o governo federal.
O acordo foi assinado no dia 18 de maio de 2021, com a promessa da Abril de desistir de ações na Justiça questionando os débitos.
Em nota ao jornal, a Abril diz que a cessão das marcas - que inclui ainda Quatro Rodas, Capricho e Você S/A - como garantia "não representa nenhum constrangimento operacional no desempenho das atividades editoriais do grupo”.
Assassinato de reputação
Em entrevista a uma rádio de Belo Horizonte no dia 24 de março, Lula classificou Deltan Dallagnol, Sergio Moro e procuradores da Lava Jato como "um bando de messiânicos que contavam mentiras e a imprensa divulgava as mentiras que eles contavam como se fossem verdade".
O presidente ainda listou as "59 capas de revistas, 600 e poucas capas de jornais e 13 horas de Jornal Nacional contra mim" no processo de lawfare e chegou a se emocionar ao lembrar dos reflexos em sua família.
"Eu não esqueço o que aconteceu com minha família, não esqueço que minha mulher morreu por conta daquilo, não esqueço o que meus filhos passaram em casa com meus netos. Eu não esqueço o sofrimento que eu tive. Mas, estou de cabeça erguida, porque Deus me ajudou a provar que mentira tem mentira", afirmou.