Fundada em 15 de março de 2020 com o apoio entusiasmado de Jair Bolsonaro (PL), que via a emissora como voz dissonante à mídia corporativa, a CNN Brasil promove uma série de demissões nesta quinta-feira (1º), um mês após a derrota do atual presidente para Lula nas eleições presidenciais.
Fontes internas ouvidas pela Fórum confirmaram o fechamento da redação da emissora e do site no Rio de Janeiro, com a demissão de nomes como Sidney Rezende - que tem passagens pela Globo - e Fernando Molica.
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Além de Rezende e Molica, os cortes atingiram os apresentadores Monalisa Perrone, Gloria Vanique, Marcela Rahal, Leandro Karnal e Kenzo Machida.
O diretor de jornalismo de televisão, João Beltrão, e as repórteres Bruna Ostermann e Danúbia Braga também estão entre os demitidos.
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Em São Paulo, a redação é a área mais atingida e muitos jornalistas estão se despedindo da emissora após passarem no RH. O clima é de muita tristeza e muitos profissionais estão deixando o prédio, nas proximidades da Avenida Paulista, chorando.
A área de recursos humanos da emissora tem acelerado o processo, pois são muitos os demitidos, e os profissionais não estão tendo tempo nem mesmo de se despedirem dos colegas.
CNN Brasil
A CNN Brasil é o braço nacional da emissora estadunidense que pertence ao grupo Warner. Há pouco mais de 2 anos nas telas brasileias, o canal pertence à Novus Mídia,[3] empresa fundada pelo co-fundador da MRV Engenharia Rubens Menin e pelo ex-diretor de jornalismo da RecordTV Douglas Tavolaro, e opera através de licenciamento de marca dos EUA.
Antes do passaralho - jargão jornalístico para demissão em massa -, a emissora contava com cerca de 400 jornalistas nas redações de São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro, que foi fechada.
Próximo a Bolsonaro, o bilionário Menin é dono da construtora e fez fortuna com a construção de imóveis para a baixa renda, especialmente após o lançamento do programa Minha Casa Minha Vida, criado em 2009 durante o segundo mandato de Lula - veja a trajetória do empresário no documentário do canal Meteoro abaixo.
Durante a pandemia, Menin fez coro com Bolsonaro para defender o "tratamento precoce" contra a Covid-19, que não tem eficácia alguma contra a doença,
"Mesmo para leigos como eu, parece bastante óbvio, quanto mais cedo começarmos um tratamento médico de qualquer doença, inclusive COVID, melhores serão os resultados. Não entendo a lógica que alguns defendem , em retardar qualquer tratamento. Imagino que as chances serão menores", disparou o empresário.