Seul, capital sul-coreana, enfrenta uma onda de “insetos do amor” que tomou conta de trilhas e áreas urbanas. Vídeos mostram a montanha Gyeyangsan, em Incheon, coberta pelos insetos, que receberam esse apelido pelo hábito de voar grudados em pares durante o acasalamento.
A espécie, Plecia longiforceps, veio de regiões subtropicais da China, Taiwan e Ilhas Ryukyu, e apareceu na Coreia do Sul em 2022. A combinação de calor intenso, urbanização e mudanças climáticas favoreceu a expansão para o norte.
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Relatos de moradores dispararam: foram mais de 4 mil reclamações em 2023 e o dobro no ano seguinte. Só Incheon teve mais de 100 queixas em um único dia. Apesar do desconforto, os insetos não picam nem transmitem doenças. Suas larvas ajudam a decompor matéria orgânica, beneficiando o solo, e os adultos polinizam flores.
Mesmo assim, a maioria da população quer medidas de controle. Uma pesquisa aponta que 86% dos moradores os veem como praga, atrás apenas de baratas e percevejos comuns.
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As autoridades alertam contra o uso indiscriminado de venenos, que pode prejudicar o meio ambiente. Em vez disso, orientam borrifar água, usar armadilhas luminosas, tapetes adesivos e roupas escuras para reduzir o incômodo.
Pesquisadores desenvolvem pesticidas biológicos para atingir as larvas sem afetar outros organismos. Além disso, aves como pardais e pegas já começaram a se alimentar dos insetos, o que ajuda a diminuir a infestação.
A expectativa é que a população desses insetos caia naturalmente até meados de julho, quando o ciclo de vida se encerra após algumas semanas.
Confira o vídeo abaixo