No delta do rio Paraná, no nordeste da Argentina, uma ilha intrigante chama atenção por suas características únicas. Conhecida como “El Ojo” — ou “O Olho” —, a formação circular gira no sentido horário e alimenta teorias conspiratórias que vão de visitas alienígenas a bases nazistas escondidas.
A descoberta foi feita em 2016 pelo cineasta Sergio Neuspiller, que pesquisava a região para um documentário. Surpreso, descreveu o local como um “círculo perfeito” de águas incrivelmente claras, embora parecessem escuras, algo raro no delta.
Te podría interesar
A ilha tem cerca de 118 metros de diâmetro e é formada por vegetação solta que flutua, rodeada por água cristalina. O mais curioso é que se move sozinha, girando dentro de seu próprio contorno. O movimento contínuo faz com que suas bordas “raspem” as margens, mantendo o formato parecido com uma lua crescente ou minguante. Imagens de satélite mostram essas mudanças ao longo do tempo.
Um fenômeno parecido ocorreu no rio Presumpscot, no Maine (EUA). Desde 2019, discos de gelo gigantes surgem no local devido a correntes circulares abaixo da superfície.
Te podría interesar
A origem de “O Olho” ainda não é totalmente explicada. Pesquisas apontam que o local abrigava Querandíes, povo indígena dos pampas argentinos. Próximo dali, arqueólogos acharam fragmentos de cerâmica e sinais de antigos cemitérios, ainda sem datação confirmada.
Neuspiller também ouviu moradores, alguns receosos de se aproximar da ilha por acreditarem em divindades que viveriam ali. O cineasta chegou a registrar histórias de supostas entidades.
Teorias conspiratórias acrescentam mistério: há quem acredite que o local sirva de portal para OVNIs ou que esconda bases secretas nazistas. Contudo, não existe qualquer prova que sustente essas versões.
Assim, entre fatos e mitos, “El Ojo” segue girando no delta do Paraná, atraindo curiosos de todo o mundo com sua forma perfeita e suas águas improváveis.
