A gosma do verme que pode revolucionar os plásticos recicláveis

Material pode ser alternativa promissora para combater a poluição causada por plásticos tradicionais

O material chamou atenção por seu comportamento incomum: ao ser expelido, ele se solidifica rapidamente.Créditos: MCGill/Divulgação
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Pesquisadores descobriram que a gosma expelida pelo verme-de-veludo — animal marinho que vive nos oceanos há cerca de 380 milhões de anos — pode inspirar a criação de plásticos mais sustentáveis.

O estudo, publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), aponta que a substância contém proteínas ricas em leucina, conhecidas como LRR, que têm alta capacidade de dissolução em água.

O material chamou atenção por seu comportamento incomum: ao ser expelido, ele se solidifica rapidamente, formando uma estrutura resistente, parecida com o nylon. Mas, ao contrário do nylon — que leva centenas de anos para se decompor —, essa substância pode se dissolver naturalmente em ambiente aquático.

A pesquisa foi conduzida por cientistas da Universidade McGill, no Canadá, e da Universidade Tecnológica de Nanyang (NTU), em Singapura.

Eles analisaram amostras de vermes coletadas em regiões da Austrália, Singapura e Barbados. Agora, o desafio é entender como o organismo produz esse material e por que ele se dissolve com tanta facilidade.

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A expectativa é que, ao decifrar esse mecanismo, seja possível usar essas proteínas como modelo para desenvolver plásticos biodegradáveis que se decomponham de forma mais eficiente no meio ambiente.

Com isso, a gosma do verme-de-veludo surge como uma alternativa promissora para combater a poluição causada por plásticos tradicionais, oferecendo um novo caminho para a criação de materiais mais ecológicos.

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