ALÔ ALÔ, MARCIANO

Saiba quais formas de vida da Terra podem sobreviver em Marte

NASA planeja enviar uma missão tripulada ao planeta na década de 2030, quando os humanos enfrentarão de perto as condições hostis do planeta

Créditos: Nasa/JPL-Caltech/ASU/MSSS
Escrito en MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE el

Dois tipos de líquens terrestres mostraram resistência surpreendente à radiação marciana em um experimento que simulou as condições extremas do Planeta Vermelho. A descoberta reforça a possibilidade de usar esses organismos em futuras missões espaciais.

Cientistas do Centro de Pesquisa Espacial da Academia Polonesa de Ciências, em Varsóvia, expuseram as espécies Diploschistes muscorum e Cetraria aculeata a uma simulação acelerada de um ano de radiação marciana, concentrada em apenas cinco horas. O teste foi feito em uma câmara de vácuo que replicava a baixa pressão, temperaturas e composição atmosférica de Marte. Ambas as espécies permaneceram metabolicamente ativas durante o experimento.

Entre as duas, D. muscorum demonstrou maior resistência, sofrendo menos danos celulares, o que a destaca como possível candidata para experimentos de colonização biológica fora da Terra.

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Líquens são organismos simbióticos entre fungos e algas ou bactérias fotossintéticas. Muitos deles são extremófilos, capazes de sobreviver sem hidratação, em baixas temperaturas e até no vácuo do espaço. Já haviam sido apontados como potenciais sobreviventes em ambientes extraterrestres.

Segundo a pesquisadora Kaja Skubala, da Universidade Jaguelônica, o estudo amplia o entendimento sobre como organismos vivos reagem à radiação fora da Terra e reforça seu potencial uso em missões interplanetárias.

Apesar da resistência observada, os cientistas ressaltam que esses organismos não sobreviveriam por longos períodos em Marte sem suporte, devido à ausência de água líquida e à intensa radiação.

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Além dos líquens, outros extremófilos como tardígrados, certos musgos e microrganismos subterrâneos também são estudados como possíveis sobreviventes em Marte.

A NASA planeja enviar uma missão tripulada ao planeta na década de 2030, quando os humanos enfrentarão de perto as condições hostis do planeta — e talvez contem com a ajuda de organismos como os líquens para abrir caminho à vida além da Terra.

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