Ativistas climáticos, lideranças indígenas e influenciadores de diversos países realizaram, nesta terça-feira (15), um ato em frente ao Ministério das Relações Exteriores, em Brasília. Com faixas e painéis solares, o grupo pediu que o Brasil assuma a liderança pela transição energética justa nas discussões da COP30, que ocorrerá em Belém (PA), em novembro.
Durante o protesto, uma faixa de 30 metros com a frase "Brasil, lidere a transição energética justa na COP30" foi estendida diante do Itamaraty. As palavras “Brasil”, “justa” e “COP30” foram pintadas com tinta feita de cinzas de queimadas na Amazônia. A arte foi criada pelo artista Mundano.
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O cacique Ninawa, do povo huni kui, jogou cinzas da floresta amazônica no espelho d’água do Palácio do Itamaraty como forma de protesto simbólico. Segundo ele, os povos indígenas não est??o sendo plenamente ouvidos nas negociações climáticas. “Essas cinzas vieram de grandes incêndios na Amazônia. Trouxemos para marcar presença e cobrar investimentos nos biomas brasileiros”, declarou.
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A manifestação integra o "Encontro Renovando Nossa Energia", que acontece na capital federal até quinta-feira (17), reunindo mais de 200 representantes presenciais e milhares virtualmente. O evento tem como meta pressionar governos e fortalecer ações em prol da transição energética justa e de projetos comunitários de energia renovável.
A mobilização ocorre em preparação para a 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), que será realizada de 10 a 21 de novembro, em Belém. Esta será a primeira vez que o Brasil sedia o encontro, que discutirá temas como justiça climática, financiamento climático e energias limpas.
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