No interior de Minas Gerais, em um sítio paleontológico localizado em Campina Verde, município do Triângulo Mineiro, na região intermediária de Uberlândia, pesquisadores da UFTM (Universidade Federal do Triângulo Mineiro) descobriram o fóssil, datado em cerca de 80 milhões de anos (correspondente, portanto, à Era Mesozoica), de uma nova espécie de peixe.
A espécie, chamada de Britosteus amarildoi, foi encontrada em rochas da Formação Adamantina, uma formação geológica existente nos estados de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso do Sul. Essas rochas contêm registros de formações fósseis de vertebrados e invertebrados, como crocodilianos, dinossauros e aves.
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O achado, feito por um grupo de pesquisa de brasileiros e argentinos, da UFTM (do Centro de Pesquisas Paleontológicas Llewellyn I. Price) e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), foi feito na Fazenda Três Antas, um campo de pesquisa famoso por ter sido local de descoberta de ainda outros fósseis, como os crocodilos pré-históricos Campinasuchus dinizi e Caipirasuchus mineirus, também encontrados ali, cujo nome homenageia os pesquisadores e seu lugar de origem.
Agora, a nova espécie de peixe encontrada no Centro foi descrita por suas "características morfológicas únicas", de acordo com uma publicação da UFMT: tem menos de 50 centímetros de comprimento, focinho arredondado e curto e uma mandíbula de "dentes cônicos adaptados para a captura de pequenas presas".
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A foto e a reconstrução abaixo, divulgadas pelos pesquisadores, mostram o fragmento de mandíbula encontrado e a possível morfologia do peixe em vida.
Os peixes da Era Mesozoica existiram quando ainda havia dinossauros no planeta, e há apenas sete espécies restantes dessa ordem (Lepisosteiformes). Veja o quadro informativo abaixo, produzido pelo catálogo PaleoZOOBR.