O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou na última semana (12) o lançamento do programa BNDES Florestas Crédito, com um investimento de R$ 1 bilhão voltado para o setor florestal de espécies nativas.
De acordo com as diretrizes da proposta, o objetivo é estimular investimentos privados que contribuam para a restauração ambiental, captura de carbono e desenvolvimento da bioeconomia, alinhando-se ao Código Florestal.
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O BNDES Florestas Crédito também visa aumentar o acesso ao crédito no setor florestal, utilizando a modalidade Project Finance, que permite personalizar garantias e considerar as especificidades de cada projeto. A expectativa é que essa abordagem possibilite que o próprio projeto sirva como garantia para o financiamento.
Estudo de mercado
Tereza Campello, diretora Socioambiental do banco, enfatiza que a proposta vai além da agenda ambiental, buscando entender as dificuldades do mercado e promover o crescimento do setor. Segundo a divulgação do programa, o BNDES realizou estudos sobre o mercado de reflorestamento e sua cadeia produtiva, buscando identificar gargalos e oportunidades.
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Neste ano, o BNDES já financiou outros dois projetos no setor, totalizando R$ 347 milhões para reflorestamento em áreas sob pressão na Amazônia. Durante a COP 28, foi lançada uma iniciativa para transformar o Arco do Desmatamento em Arco da Restauração, com a meta de recuperar 24 milhões de hectares até 2050.
Reflorestamento como fonte de emprego
Além dos benefícios ambientais, a restauração florestal também pode gerar empregos e renda por meio da produção sustentável de alimentos. A diretora ressalta a importância de unir esforços entre bancos públicos e privados para garantir a segurança e rentabilidade dos investimentos na área florestal.
O programa está disponível para empresas de todos os portes e abrange iniciativas como manejo florestal sustentável, recomposição da vegetação, plantio de espécies nativas e apoio à cadeia produtiva de produtos madeireiros e não madeireiros.
A dotação do programa é composta por R$ 456 milhões do Fundo Clima e R$ 544 milhões de recursos próprios do BNDES. A taxa de juros para operações via Fundo Clima é de 1% ao ano, com um teto de R$ 100 milhões por operação, podendo o BNDES financiar até 100% dos itens. O financiamento pode ser estruturado em até 300 meses, com um período de carência de até 96 meses.
Com informações da Agência BNDS de Notícias