A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, declarou que o governo já localizou a origem dos focos de incêndio no Pantanal e os responsáveis serão indiciados pela Polícia Federal (PF).
A declaração da ministra foi feita nesta segunda-feira (1°) a jornalistas no Palácio do Planalto.
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“Os culpados serão indiciados. Nós já sabemos de onde veio a propagação desse fogo. As pessoas serão identificadas, mas a investigação está em curso. Foram 18 focos de incêndio em lugares diferentes que deram início à propagação desse fogo”, disse Marina.
Na última semana, a ministra divulgou que a maior parte (85%) desses focos está localizada em propriedades privadas. A PF atua com uma força-tarefa junto ao governo do Mato Grosso do Sul e ao Ministério Público. Ao todo, os incêndios já consumiram 61 mil hectares do Pantanal entre os dias 10 de maio e 23 de junho.
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Segundo investigação do governo, os incêndios têm origem desde a limpeza de pastagens em fazendas a queimas de lixo e descarte de bitucas de cigarro. O município que vive a situação mais crítica é o Mato Grosso do Sul devido ao intenso desmatamento.
Marina Silva também anunciou a criação de duas “bases interagências” que servirão como apoio a brigadistas e ponto para planejamento de combate aos incêndios.
No dia 10 de abril, o governo emitiu um decreto de emergência climática que proibiu qualquer tipo de queimada no Pantanal devido às condições extremas.
No total, 95% do fogo começou em áreas privadas
Este ano, o Pantanal enfrenta um cenário preocupante com o fogo consumindo grandes áreas do bioma. A origem desses incêndios, segundo dados de diferentes instituições, como o Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (Inpe) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), é majoritariamente humana, com 95% dos focos registrados no primeiro semestre do ano tendo iniciado em propriedades privadas, isto é, área de expansão do agro.
O número de focos de incêndio no Pantanal já bateu recorde para o período, com 3.372 registros até o dia 25 de junho. Apenas 5% dos focos, ou seja,189 áreas, ocorreram em Terras Indígenas (TIs) e unidades de conservação (UCs), estaduais ou federais, segundo os estudos.
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