Nesta quinta-feira (25), em evento realizado no Rio de Janeiro (RJ), três grandes bancos públicos brasileiros — Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Banco do Brasil (BB) e Caixa Econômica Federal — juntamente com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), anunciaram a criação de um Exchange Traded Fund (ETF), destinado ao financiamento de projetos de sustentabilidade na Amazônia.
A novidade foi revelada durante a 3ª reunião de Ministros de Finanças e Presidentes de Bancos Centrais do G20, com a expectativa de lançamento do fundo antes da COP 30 em Belém, em novembro de 2025.
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O ETF, que será negociado na Bolsa de Valores de São Paulo (B3), contará com uma carteira composta por títulos de renda fixa emitidos pelos três bancos envolvidos. O retorno para os investidores será baseado em um novo índice de referência, pendente de aceitação pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Os recursos captados serão integralmente aplicados em empréstimos voltados para ações sustentáveis na região amazônica.
Durante o anúncio, foi também assinada uma carta de intenções entre as instituições financeiras, estabelecendo a colaboração mútua no desenvolvimento da proposta, com suporte técnico e financeiro do BID.
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"O ETF Amazônia para Todos visa democratizar o acesso a investimentos sustentáveis, fomentando a diversificação e o aumento da base de investidores, tanto no mercado doméstico quanto no internacional", destacou uma nota conjunta dos bancos.
O produto financeiro foi escolhido por suas características de transparência e democracia. A composição do ETF será divulgada diariamente, garantindo que os investidores saibam exatamente em que estão aplicando seus recursos. Além disso, pela sua natureza, o ETF permite igual acesso a pequenos e grandes investidores devido à sua liquidez, com cotas negociadas em bolsa e acessíveis por valores aproximados de R$ 100.
Este movimento dos bancos públicos e do BID é visto como um passo significativo no apoio a práticas sustentáveis na Amazônia, refletindo o compromisso do Brasil com a agenda ambiental global.