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Verme cabeça-de-martelo: conheça a criatura tóxica que vive escondida entre os humanos

O animal pode chegar a quase 40 centímetros de comprimento e é coberto por muco tóxico

O verme cabeça-de-martelo.Créditos: Kristen Nelson/BioDiversity4All/Sem direitos reservados (CC0)
Escrito en MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE el

Apesar de parecerem inofensivos, alguns vermes – aquelas criaturas alongadas, rastejantes e magras – são seres perigosos. Esse é o caso do cabeça-de-martelo, uma planária – subgrupo dos vermes com o dorso achatado – capaz de causar irritação na pele de humanos e até consequências mais graves, se as toxinas presentes em seu corpo adentrarem o organismo humano através, por exemplo, de um corte. Ele vive escondido em plena vista, em quintais e jardins.

Sua cabeça tem curvas distintas, que se assemelham a um bumerangue ou, como diz seu nome popular, a um martelo. Seus corpos são listrados, com cores que podem variar entre tons de cinza, marrom, dourado e verde. O comprimento do cabeça-de-martelo varia. Alguns não têm mais de 2,5 centímetros de comprimento, outros podem chegar a incríveis 38 centímetros.

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“Imortais” e canibais

O cabeça-de-martelo é conhecido por alguns como um verme “imortal”, isso porque ele tem capacidade de regeneração. Logo, se um cabeça-de-martelo for cortado em vários pedaços, cada um deles poderá se desenvolver em um novo verme. 

Para aqueles que desejam erradicar esses animais de seus quintais, a Faculdade de Ciências Agrícolas da Universidade Estadual da Pensilvânia (EUA) sugere colocar o verme em um saco plástico para que ele não rasteje e aplicar sal ou etanol. O procedimento deve ser feito usando luvas, já que o contato da pele com o animal causa irritação.

Esses vermes também podem atacar uns aos outros, sendo conhecidos como criaturas canibais. No entanto, esse não é o principal meio de alimentação dos cabeças-de-martelo. Esses animais atacam minhocas, moluscos e insetos, e podem usar seu veneno para subjugar presas ou deter predadores. Ademais, seu corpo é envolto em um muco tóxico.

Seu veneno é a chamada tetrodotoxina, uma neurotoxina que interrompe a sinalização dos neurônios para os músculos. Se os animais de estimação comerem os vermes, podem adoecer. Se a toxina entra no organismo humano, os efeitos podem ser mais graves, apesar de ainda desconhecidos.

Invasores e amplamente distribuídos

Os vermes cabeça-de-martelo preferem habitats quentes e úmidos. Naturais da Ásia, eles são facilmente distribuídos a outras partes do mundo por meio do transporte de plantas. Assim, estão em muitos jardins e quintais e ao redor das casas.

Apesar de preferirem os climas tropicais e subtropicais, esses animais têm facilidade de sobrevivência e por isso se tornaram invasores em vários locais, como os Estados Unidos. Animais invasores podem perturbar os ecossistemas comendo espécies nativas ou superando-as na competição. 

Uma vez que as espécies invasoras do cabeça-de-martelo começam a se reproduzir com sucesso na natureza, se torna bastante difícil erradicá-las. Por isso, a melhor maneira de impedir sua proliferação é não deixar que eles se estabeleçam em um novo ecossistema.

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