GRETA THUNBERG

Greta Thunberg enfrentará julgamento por desobediência policial em protesto

Ativista corre o risco de enfrentar pena privativa de liberdade devido a sua atuação em protesto climático

Greta Thunberg sendo escoltada por policiais.Créditos: Deutsche Welle
Escrito en MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE el

A ativista climática Greta Thunberg, de 20 anos, comparecerá ao tribunal em julho, acusada de desobedecer à polícia durante um protesto realizado em um porto de Malmö, na Suécia. Os promotores suecos afirmam que Thunberg se recusou a sair do local quando solicitada.

Thunberg se juntou a um grupo de jovens manifestantes que bloquearam navios petroleiros no porto de Malmö no mês de junho. Segundo relatos da polícia, a ativista se negou a deixar o local mesmo após o pedido das autoridades. Caso seja considerada culpada, poderá enfrentar uma pena de até seis meses de prisão ou uma multa.

O grupo Ta Tillbaka Framtiden, conhecido como Reclaim the Future, foi responsável por bloquear o porto durante seis dias no mês de junho. Durante o protesto, alguns manifestantes chegaram a subir nos navios petroleiros, conforme relatado pelo grupo. Em suas redes sociais, Greta compartilhou sua motivação para participar do protesto, afirmando que a crise climática já se tornou uma questão de vida ou morte para inúmeras pessoas. Ela destacou que optaram por agir e interromper fisicamente a infraestrutura ligada aos combustíveis fósseis.

A promotoria sueca registrou uma queixa contra Thunberg, alegando que ela causou transtornos ao trânsito em Malmö durante a manifestação climática realizada em 19 de junho deste ano. Segundo o promotor, a ativista se recusou a obedecer à ordem da polícia para deixar a cena. Além da jovem ambientalista, outros três manifestantes também comparecerão ao tribunal em 24 de julho.

Os protestos realizados por ativistas climáticos em todo o mundo têm como alvo a indústria de combustíveis fósseis. Um exemplo é o grupo britânico Just Stop Oil, que tem interrompido eventos esportivos de alto nível durante este verão. Enquanto a indústria de petróleo e gás argumenta que a produção contínua é necessária para atender às demandas globais de energia, críticos afirmam que cortar a produção desses combustíveis é essencial para combater a crise climática. A Agência Internacional de Energia enfatiza que novos investimentos em petróleo, gás e carvão são inviáveis se os governos levarem a sério a crise climática.

Nesse contexto, o chefe da ONU, António Guterres, recentemente destacou que investir em novas produções de petróleo e gás é uma "loucura econômica e moral", enquanto o CEO da empresa de energia Shell afirmou que cortar a produção seria "perigoso e irresponsável".

À medida que a ativista climática global se prepara para comparecer ao tribunal, o caso destaca a contínua repercussão das ações e mensagens da figura em questão em prol da causa climática. Como uma influente defensora do meio ambiente, essa voz proeminente tem mobilizado a opinião pública em relação às mudanças climáticas e às ações necessárias para enfrentá-las.

Conforme a conscientização sobre as mudanças climáticas continua a aumentar, o papel de ativistas permanece em destaque. A busca por soluções para os desafios ambientais é um esforço coletivo que envolve governos, setor privado e sociedade civil. O engajamento desses ativistas e sua presença no tribunal são um lembrete da importância de se discutir e abordar a crise climática de forma abrangente e colaborativa.