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VÍDEO: Ativista Greta Thunberg é presa pela segunda vez em 2023

Em 17 de janeiro, a jovem de 20 anos havia sido detida durante protestos contra a expansão de uma mina de carvão na Alemanha

O momento em que Greta foi arrastada por policiais.Créditos: Reprodução/Twitter
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A ativista ambiental sueca Greta Thunberg foi presa, nesta quarta-feira (1), em Oslo, capital da Noruega. Ao lado de indígenas locais, ela participava de protestos contra a instalação de turbinas eólicas nas terras do povo originário Sami.

Dezenas de manifestantes bloquearam o acesso aos edifícios do governo norueguês. Eles afirmam que a transição para a energia verde não deve prejudicar os povos originários. As 151 turbinas instaladas no centro da Noruega podem gerar energia para 100 mil casas.

Os líderes indígenas reclamam que o barulho provocado pelas turbinas espanta as caças e está em uma terra tradicional do povo Sami, único grupo indígena reconhecido na União Europeia (UE).

Além disso, a tradição secular de pastoreio de renas está ameaçada pelos parques eólicos na região de Fosen.

Em 2021, a suprema corte da Noruega determinou que o parque eólico fosse desativado. Porém, 16 meses depois, as turbinas continuam em operação.

“Eles já esperaram por mais de 500 dias, acho que esse tempo é mais que suficiente”, declarou Greta, detida na entrada do Ministério das Finanças. Enquanto era levada pela polícia, ela segurava uma bandeira do povo indígena.

Segunda prisão no ano

Greta havia sido presa no dia 17 de janeiro, durante protestos contra a demolição de uma vila em Luetzerath, na Alemanha. O motivo da manifestação era o fato de que a vila estava sendo derrubada para a expansão de uma mina de carvão a céu aberto.

As atividades de mineração deverão ser retomadas nos próximos meses para atender à demanda energética que entrou em crise de abastecimento, após o início da guerra entre Rússia e Ucrânia

A ativista foi detida enquanto manifestava na mina de carvão a céu aberto de Garzweiler 2, a cerca de 9 quilômetro da cidade de Luetzerath. Ela e mais um grupo de pessoas se sentaram na borda da mina. Posteriormente, foram arrastados pelas forças de segurança pública