MATA ATLÂNTICA

Parou de passar a boiada: com Lula, desmatamento na Mata Atlântica cai 42%

“Como esses estados historicamente são os que mais desmatavam, o sistema de fiscalização deles está funcionando mais”, diz coordenador do MapBiomas

Mata Atlântica.Créditos: SOS Mata Atlântica/Divulgação
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O boletim do Sistema de Alertas de Desmatamento (SAD) Mata Atlântica, divulgado nesta quinta-feira (27), aponta que o desmatamento na Mata Atlântica caiu nos primeiros cinco meses deste ano no país.

A área desflorestada do bioma em todo o país, entre janeiro e maio deste ano, foi de 7.088 hectares, contra 12.166 hectares registrados no mesmo período de 2022, uma redução de 42%.

Os dados do SAD são uma parceria entre a Fundação SOS Mata Atlântica, a Arcplan e o Mapbiomas. Os estados que registraram as maiores áreas desmatadas são os mesmos que, por outro lado, tiveram as maiores reduções de área desflorestada neste ano.

Maior fiscalização

Segundo Marcos Rosa, coordenador técnico do MapBiomas, uma das explicações está no fato de esses estados serem os que têm fiscalização mais efetiva justamente pelo alto índice de desmatamento.

"O desmatamento sempre esteve concentrado hoje em três ou quatro estados, Minas, Bahia, Paraná e, normalmente, Santa Catarina ou Rio Grande do Sul, que é o conjunto agora de estados onde teve a maior queda", observa.

"Uma das possíveis causas é que, como esses estados historicamente são os que mais desmatavam, o sistema de fiscalização deles está funcionando mais. O Ministério Público e a Operação Mata Atlântica em Pé têm fiscalizado bastante nesses estados. No Paraná, a gente tem tem tido notícias de fiscalização do IAT [Instituto Água e Terra, do Paraná], bastante em parceria com o Ibama", afirma.

Com informações do g1