Após uma semana de calor extremo, regiões da Europa, dos Estados Unidos e do Japão podem marcar temperaturas recordes neste sábado (15). O aviso é do centro meteorológico italiano CNI, que emitiu um alerta afirmando que essa é "a onda de calor mais intensa do verão (hemisfério norte) e uma das mais intensas de todos os tempos". Diante da ameaça mais recente da crise climática, autoridades tomaram medidas para reduzir os danos à população.
No sul da Itália, a temperatura pode superar 38°C na Sardenha, Sicília, Calábria e Apúlia, com "máximas de 40 graus ou mais, em particular no domingo". Em especial na Sardenha, temperaturas acima de 48,8° também podem ser alcançadas, superando o recorde registrado em agosto de 2021.
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Em Roma, a temperatura pode subir a 40°C na segunda-feira e alcançar entre 42 e 43 graus na terça-feira, superando o recorde de 40,5°C de agosto de 2007.
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Na Grécia, as autoridades precisaram fechar o monumento mais visitado, a Acrópole de Atenas, durante o período mais quente do dia na última sexta-feira (14). A medida segue em vigor neste sábado "para proteger os trabalhadores e os visitantes", afirmou a ministra Lina Mendoni, da Cultura e dos Esportes. No país, a meteorologia prevê temperaturas entre 40°C e 41°C em Atenas.
Nos Estados Unidos, milhões de pessoas dos estados do sudoeste sofreram os efeitos do calor extremo durante a semana, que representa um risco para os idosos, trabalhadores do setor de construção, carteiros, entregadores e pessoas sem-teto. A onda de calor se estende da Califórnia ao Texas.
Na sexta-feira, a capital do Arizona, Phoenix, registrou o 15º dia consecutivo de temperatura acima dos 43°C, segundo o Serviço Meteorológico Nacional dos Estados Unidos (NWS, na sigla em inglês).
O Vale da Morte, na Califórnia, um dos lugares mais quentes da Terra, também pode alcançar novos picos no domingo, com 54°C.
O Japão também apresentou riscos de calor extremo, com temperaturas podendo alcançar, nos próximos dias, 39°C. A agência meteorológica recomendou medidas de precaução à população.
A cidade de Akita, no norte do país, registrou, em apenas algumas horas, a quantidade de chuva que estava prevista para todo o mês de julho, informou o canal NHK. A tempestade provocou um deslizamento de terra e 9.000 pessoas foram obrigadas a procurar abrigos.
Riscos de incêndio
O calor é um dos eventos meteorológicos mais mortais, de acordo com a Organização Meteorológica Mundial, e apenas a primeira semana de julho foi a mais quente já registrada no hemisfério norte.
No verão do ano passado, apenas na Europa as fortes temperaturas provocaram mais de 60.000 mortes, com 18.000 vítimas fatais na Itália, o país mais afetado segundo estudo publicado recentemente na revista Nature Medicine.
Outra preocupação é com o aumento de casos de incêndio. Em julho, o Canadá sofreu com a fumaça de mais de 500 focos de incêndios fora de controle, que chegou a diversas áreas do nordeste dos Estados Unidos.