TERREMOTOS

O que significa a ‘pontuação’ dos terremotos? Saiba como funciona a Escala Richter

Medidos por um sismógrafo, os terremotos apresentam uma variação de zero a nove em magnitude

Entenda como se mede a intensidade de um terremoto.Créditos: Angelo_Giordano/Pixabay
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Na tarde desta quinta-feira (7), um terremoto atingiu a região central do México, perto da cidade de Puebla. De acordo com o Centro Sismológico Euro-Mediterrânico, o tremor atingiu 5,7 de magnitude na Escala Richter

Mas o que isso significa? O que quer dizer essa “pontuação” dos terremotos? 

Entenda a Escala Richter

Desenvolvida em 1935 pelos sismólogos Charles Francis Richter e Beno Gutenberg, a Escala Richter mede a intensidade dos terremotos através da liberação de energia desses abalos, em um sistema que vai de zero ao infinito. Porém, terremotos acima de grau 10 nunca foram registrados, então, convencionou usar pontuações de um a nove.

A pontuação corresponde a ondas dez vezes mais “fortes”, a uma potência 30 vezes superior. Por exemplo, se um terremoto registra grau nove na escala Richter, isso significa que ele é 900 vezes mais potente que um tremor de grau sete.

Para medir o grau de um abalo sísmico, utiliza-se um sismógrafo. O objeto funciona a partir de um sismômetro, um sensor instalado em locais tranquilos e pouco povoados, capazes de sentir oscilações na superfície terrestre, desde pequenos abalos, até grandes terremotos.

A partir dos abalos, o sismógrafo registra um sismograma que permite aos pesquisadores determinar a direção das ondas sísmicas, a hora de sua chegada e sua intensidade ou magnitude

Sismógrafo. Foto: Wikimedia Commons

Para terremotos menores que 3,5 graus, apenas essa ferramenta é capaz de registrá-lo. Já para tremores entre 3,5 e 5,4 é possível reparar danos em edifícios, por exemplo. Entre 5,5 e 6, os danos são maiores. 

Agora, terremotos entre 6,1 e 6,9 podem ser devastadores numa zona de 100 km. Aqueles entre 7 e 7,9 podem causar sérios danos numa grande superfície.

Acima de oito, os danos podem ser sentidos em regiões a centenas de quilômetros do epicentro. 

Maiores terremotos já registrados

  • Chile (22/05/1960)
Terremoto em Valdivia, Chile, em 1960. Foto: Wikimedia Commons

Na noite do dia 22 de maio de 1960, o Chile foi atingido pelo terremoto mais intenso já registrado no planeta, com magnitude de 9,5. Cerca de 1.600 pessoas morreram, 3.000 ficaram feridas e mais de 2 milhões perderam suas casas. O terremoto foi seguido por um tsunami, que deixou 61 mortos no Estado americano do Havaí, 138 no Japão e 32 nas Filipinas

  • Alasca (28/03/1964)
Terremoto no Alasca, em 1964. Foto: Wikimedia Commons

Com magnitude de 9,2 o terremoto deixou 131 pessoas mortas e causou prejuízos da ordem de US$ 2,3 bilhões (R$ 11,5 bilhões). 

  • Sumatra (26/12/2004)

Na Ilha de Sumatra, localizada na Indonésia, um terremoto de magnitude 9,1 atingiu a população na madrugada do dia 26 de dezembro de 2004. Seguido de um tsunami, que atingiu u 14 países do Sul da Ásia e do leste da África, a tragédia deixou cerca de 230 mil mortos ou desaparecidos e 1,7 milhão desabrigados.

  • Honshu (11/03/2011)

Com magnitude 9, o terremoto que atingiu a ilha de Honshu no Japão deixou pelo menos 15,7 mil pessoas foram mortas, 4.600 dadas como desaparecidas e 5.300 feridas.

  • Kamchatka (04/11/1952)
Península Kamchatka, na Rússia. Foto: Wikimedia Commons

Sentido na península de Kamchatka, na Rússia, o terremoto com magnitude 9 não registrou mortes por ter acontecido em uma região pouco povoado. Porém, causou um maremoto que atingiu o Havaí, provocando perda de US$ 1 milhão (R$ 5,1 milhões)

 

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