Os golfinhos são uma espécie que possui um cérebro muito desenvolvido, além de suas habilidades sociais avançadas. Com uma linguagem consistente e própria, esses bichos marinhos, agora, foram alvo de outra descoberta.
A Universidade de Rostock, localizada na Alemanha, descobriu que uma espécie de golfinhos é capaz de sentir os campos elétricos de outros animais no oceano. Os especialistas e responsáveis pela pesquisa acreditam que tal habilidade os auxilia a encontrar alimentos, aumentando o êxito da caça.
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A espécie que possui tal aptidão se chama "golfinhos-nariz-de-garrafa", e é a mais conhecida do mundo. A alimentação desses animais baseia-se em bichos como corvinas, sardinhas e lulas.
Tim Hütnner e Guido Dehnhardt, autores do estudo, observaram os golfinhos-nariz-de-garrafa e constataram que os buracos deixados pela queda de seus bigodes, que ocorre logo após o nascimento, são similares aos dos tubarões - que servem para identificar os campos elétricos que os rodeiam.
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A partir dessa análise, alguns golfinhos da espécie que estavam em cativeiro apresentaram o mesmo comportamento dos tubarões, comprovando que eles possuem a capacidade de identificar campos elétricos.
A pesquisa foi publicada no periódico científico "Journal of Experimental Biology". O estudo de campo ainda testou a intensidade da percepção dos animais com experimentos realizados com os golfinhos Donna e Dolly.
Ambos os bichos foram treinados a descansarem suas mandíbulas em uma barra de ferro submersa e nadar para longe em 5 segundos, quando sentissem um campo elétrico acima de seus focinhos.
A equipe de pesquisadores diminuía a frequência do campo elétrico gradualmente, a partir de 500 para 2µV/cm. Os animais tiveram o mesmo desempenho na maioria dos testes e nadaram conforme o treinamento quase todas as vezes. Por resultados mínimos, ficou claro que Donna era mais sensível que Dolly quanto aos campos elétricos.
"A sensibilidade a campos elétricos fracos ajuda um golfinho a procurar peixes escondidos em sedimentos nos últimos centímetros antes de agarrá-los”, explicou Dehnhardt