A partir da reanálise do registro fóssil de pegadas de animais que viveram há 210 milhões de anos, na África do Sul, pesquisadoras podem, finalmente, ter conseguido explicar a existência de uma espécie misteriosa para a ciência: os chamados Trisauropodiscus.
Os resultados do estudo foram publicados na revista científica PLOS ONE nesta quarta-feira (29). As pesquisadoras Miengah Abrahams e Emese M. Bordy, da Universidade da Cidade do Cabo, combinaram a análise dos fósseis com pesquisas preliminares sobre a espécie para chegar à conclusão.
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O que foi descoberto
As pegadas que foram analisadas têm três dedos, semelhantes àquelas de aves. No entanto, datam de cerca de 60 milhões de anos antes do que os fósseis mais antigos encontrados de aves verdadeiras. Desse modo, a ciência as atribui aos animais misteriosos, chamados de Trisauropodiscus.
A pesquisa das cientistas da Cidade do Cabo joga luz a como eram esses animais e como eles evoluíram.
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As pesquisadoras documentaram a existência desses animais em quatro locais diferentes do país africano de Lesoto e em um sítio de trilhas na África do Sul. Nesses registros, foram identificadas duas morfologias de pegadas diferentes, nenhuma delas correspondente a qualquer animal que se tenha registro de ter existido na região.
Uma delas era semelhante a pegadas de dinossauros não avianos e a outra era parecida com a pegada de aves. Os registros provam que pés semelhantes ao de aves surgiram bem antes do que se pensava, há 210 milhões de anos, no Período Triássico, época dos dinossauros.
Para explicar isso, as pesquisadoras elaboraram duas teorias. A primeira é de que as pegadas vêm de dinossauros primitivos, que poderiam ser membros iniciais de uma linhagem próxima às aves. A segunda é de que as pegadas são de répteis primos de dinossauros.
*Com informações da Revista Galileu.