O Ministério Público Federal (MPF) apresentou denúncia contra três pessoas pelo assassinato do indigenista e servidor da Fundação Nacional do Índio (Funai) Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips, em junho, no Vale do Javari, no Amazonas.
Foram denunciados por duplo homicídio qualificado e ocultação de cadáver Amarildo Oliveira (conhecido como Pelado), Oseney de Oliveira (conhecido como Dos Santos) e Jefferson da Silva Lima (conhecido como Pelado da Dinha).
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Amarildo e Jefferson confessaram os crimes, já a participação de Oseney foi comprovada por depoimentos de testemunhas.
A denúncia foi recebida pela Subseção Judiciária Federal de Tabatinga (AM), o que torna os três envolvidos no crime em réus.
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O órgão também afirma que já havia registro de desentendimentos entre Bruno e Amarildo por causa da prática de pesca ilegal em território indígena.
Segundo o MP, a motivação do assassinato de Bruno e Dom foi um registro fotográfico de pesca ilegal na região. "O que motivou os assassinatos foi o fato de Bruno ter pedido para Dom fotografar o barco dos acusados, o que é classificado pelo MPF como fútil e pode agravar a pena", declarou a Procuradoria em comunicado.
O Ministério Público afirma que Bruno foi morto com três tiros, sendo um pelas costas, sem possibilidade de defesa, o que também qualifica o crime.
Por sua vez, Dom Phillips, segundo o MP, foi morto "apenas por estar com Bruno, de modo a assegurar a impunidade pelo crime anterior".