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Homofobia por app: Mais um jovem LGBT é morto após marcar encontro

Leonardo Rodrigues Nunes tinha 24 anos e foi morto a tiros na Vila Natália, na zona sul de São Paulo, quando se dirigia a encontro marcado por aplicativo

Leonardo Rodrigues Nunes tinha 24 anos e foi morto a tiros na Vila Natália, na zona sul de São Paulo.Créditos: Reprodução/Arquivo Pessoal
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Leonardo Rodrigues Nunes tinha 24 anos e era natural de Minas Gerais, mas morava na cidade de São Paulo. Ele foi assassinado na madrugada da última terça-feira (12) na Vila Natália, bairro da zona sul da capital paulista próximo ao Sacomã, quando saiu para ir a um encontro marcado por aplicativo chamado Hornet. Leonardo era da comunidade LGBTQIAP+.

Antes de sair de casa, na região central da cidade, por volta das 23h, ele estava preocupado com sua segurança. Compartilhou com amigos a localização do seu aparelho celular, para que acompanhassem o deslocamento, e combinou que se não desse notícias até as duas da manhã os amigos deveriam chamar a polícia.

As horas passaram e nada de Leonardo dar notícias. Foi aí que um dos seus amigos registrou um boletim de ocorrência. A polícia então saiu a sua procura.

Ao g1, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo deu maiores detalhes da ocorrência. Contou que o jovem foi baleado e levado ao Pronto-Socorro do Hospital Ipiranga, mas não resistiu aos ferimentos e veio a falecer. Agora as autoridades investigam o caso e exames foram solicitados junto ao Instituto de Criminalística e ao Instituto Médico Legal.

Evelyn Andrade, amiga da vítima, revelou ao site supracitado que Leonardo conversava com o suspeito pelo crime através Hornet, mas que não mostrou sua foto ou nome. “Ele era o amor da minha vida, meu melhor amigo (…) O dia 12 de junho [Dia dos Namorados] deixa as pessoas muito vulneráveis e sensíveis. Estou muito triste que alguém se aproveitou dessa fragilidade para cometer um crime”, afirmou.

Leonardo será velado no próximo sábado (15) no Cemitério Parque dos Pinheiros, na Vila Nova Galvão. Nas redes sociais seus amigos e familiares pedem por justiça. O aplicativo ainda não se pronunciou publicamente sobre o episódio.