FUNDAMENTALISMO

De Silas Malafaia a Nikolas Ferreira: a escola de ódio às LGBT no Brasil

Líderes religiosos encontraram na pauta anti-LGBT uma forma de ganhar popularidade no país e promover violência

De Silas Malafaia a Nikolas Ferreira: a escola de ódio às LGBT no Brasil.Créditos: Agência Brasil
Escrito en LGBTQIAP+ el

Nikolas Ferreira (PL-MG) não é um produto original, mas sim o resultado de um modus operandi de fazer política elaborado pelo pastor Silas Malafaia e o senador Magno Malta (PL-ES), duas figuras que ganharam muita popularidade no começo dos anos 2000 ao escolher a comunidade LGBT como a sua inimiga número 1. 

Esse grupo político formado por fundamentalistas passa a ganhar notoriedade em sua militância contra o PLC 122/06, de autoria da então deputada federal Iara Bernardi (PT-SP), que visava tornar crime os discursos de ódio. 

Pode-se dizer que o grupo de Malafaia e Magno Malta inventaram a primeira fake News contra a comunidade LGBT: ao distorcer o projeto de lei, inventaram que o texto visava criminalizar os discursos, de maneira geral, dos líderes religiosos. Com dinheiro e muita mídia, esse discurso se espalhou pela sociedade brasileira. 

É a partir deste momento histórico que também se populariza a ideia de que as pessoas LGBT buscam por privilégios e não por direitos civis. 

Essa retórica do ódio produziu uma série de personagens, entre elas o ex-presidente da República. 

Tais figuras seguiram e seguem adiante porque sempre houve, assim como ocorre agora com o caso de Nikolas Ferreira, uma certa complacência com as atitudes criminosas destes parlamentares e militantes do ódio. 

Nikolas Ferreira, Silas Malafia e Magno Malta não são vítimas, mas sim promotores do discurso de ódio contra as LGBT.