O Papa Francisco autorizou, nesta segunda-feira (18), que padres e sacerdotes da Igreja Católica concedam bênção a casais homoafetivos. No entanto, a celebração não pode ter qualquer semelhança com uma cerimônia de casamento.
Apesar da decisão histórica, o documento que divulga a nova decisão ainda afirma que a Igreja Católica continua a considerar a união entre casais do mesmo sexo um ato "irregular" e que a doutrina não mudou. A nova resolução é apenas um "sinal de que Deus acolhe a todos".
Te podría interesar
O documento também informa que os padres podem se recusar a fazer o ritual, mas estão proibidos de impedir a “entrada (em igrejas) de pessoas em qualquer situação em que possam procurar a ajuda de Deus através de uma simples bênção”.
A nova medida já havia sido sinalizada em outubro, quando o Papa Francisco afirmou ‘ver a possibilidade’ de que a igreja abençoe uniões entre pessoas do mesmo sexo. O pontífice deu a declaração após cinco cardeais criticarem sua postura considerada excessivamente progressista em relação à população LGBT+.
Te podría interesar
Em agosto, o papa também já tinha declarado que mulheres trans são "filhas de Deus" e que a igreja não pode tratá-las de forma diferente. Em janeiro, ele criticou países que criminalizam homossexuais e defendeu que "a homossexualidade não é crime".
O anúncio faz parte da postura que o papa adotou para evitar que a Igreja Católica continue sendo um lugar de "não acolhimento" para grupos da sociedade que têm vontade de se aproximar do cristianismo.
Além da permissão para a benção, a nova medida também autorizou que católicos transgêneros possam ser batizados se o ato não provocar "escândalo".