ELEIÇÕES EUA

Eleições EUA: Por que a pequena votação de hoje pode decidir o futuro de Trump e Biden?

Primárias podem rachar campanha de Biden e derreter a invencibilidade do trumpismo com a curiosa Haley

Trump e Biden podem sofrer baques na campanha por conta de New HampshireCréditos: Reprodução/ABC
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Nesta terça-feira (23), democratas e republicanos vão para as urnas no estado de New Hampshire para decidir quem será o candidato do partido nas eleições presidenciais dos EUA em 2024.

O pequeno estado, com pouco menos de 1,4 milhão de habitantes, pode balançar a campanha dos dois grandes partidos.

Trump enfrenta, talvez, a sua primeira verdadeira batalha. Com a desistência de Ramaswamy, Christie e DeSantis, o ex-presidente só possui uma concorrente: a ex-governadora da Carolina do Sul, Nikki Haley.

As pesquisas mostram Haley entre 35% e 40% dos votos nas primárias de New Hampshire, e mostram Trump com pouco mais de 55%. Caso, por algum motivo, Haley vença essa eleição, a invencibilidade do ex-presidente pode balançar.

Como adiantamos, a ex-governadora da Carolina do Sul e ex-enviada dos EUA para a ONU se tornou o símbolo de uma adaptação neoconservadora do trumpismo. Além de manter os ideais radicais sobre migração, direitos humanos e crise climática de Trump, Haley tem uma visão de política externa intervencionista, similar a de George W. Bush e contrária ao do seu concorrente, um "isolacionista". 

O problema de Biden

Joe Biden é bastante favorito para levar todas as primárias e se tornar o candidato à reeleição em 2024. O problema é que a campanha do presidente em exercício parece ter problemas de organização claros.

A campanha não se inscreveu para as primárias de New Hampshire, que também acontecem nesta terça-feira. Quem votar em Biden terá de escrever o nome do mandatário em papel.

Segundo o 538, cexistem pesquisas de New Hampshire que mostram Dean Phillips, o candidato que opõe Biden com algo entre 16% e 32% dos votos dos eleitores de New Hampshire. Dean Phillips faz oposição a Biden pela direita e é um bilionário, e, tal qual Michael Bloomberg em 2020, tenta dar uma roupagem corporativa para um Biden desidratado pelas guerras do Afeganistão, Ucrânia e Israel.

Ainda que pouco provável, uma derrota ou uma vitória apertada para Biden em New Hampshire mostraria pouca capacidade de organização do governo democrata para as eleições e seria um tiro no coração da campanha, que precisa conquistar energia para superar Trump, que ganha na maioria dos swing states e já é considerado favorito para as eleições de novembro.