Pesquisadores da Universidade de Ciência e Tecnologia da China, em colaboração com o MIT e o Instituto de Óptica e Mecânica de Precisão de Xi’an da Academia Chinesa de Ciências, alcançaram um feito inédito na área de imagem óptica de alta resolução: conseguiram capturar imagens nítidas de alvos milimétricos a uma distância de 1,36 km.
A conquista, publicada na revista Physical Review Letters e destacada pelo site Physics da Sociedade Americana de Física, pode revolucionar aplicações como sensoriamento remoto de longa distância e detecção de detritos espaciais.
Te podría interesar
A inovação central foi o uso da interferometria de intensidade ativa, uma técnica que utiliza feixes de laser para iluminar o alvo e dois pequenos telescópios para captar a luz refletida. Essa abordagem permitiu uma resolução de 3 milímetros — um avanço 14 vezes superior ao que seria possível com um único telescópio.
Essa técnica, originalmente desenvolvida nos anos 1950 para medir o diâmetro de estrelas, tem como vantagem ser imune à turbulência atmosférica e a imperfeições nos telescópios. Até hoje, no entanto, seu uso era limitado a objetos astronômicos brilhantes ou a alvos próximos com iluminação direta.
Te podría interesar
O novo sistema, que combina dois telescópios e um laser infravermelho montados em uma base óptica comum, foi testado com sucesso ao registrar letras de 8 mm de largura colocadas a 1,36 km de distância. Enquanto um telescópio isolado teria uma resolução de apenas 42 mm — insuficiente para distinguir os caracteres — a técnica de interferometria conseguiu captá-los com nitidez.
A pesquisa foi liderada por Liu Luchuan (doutorando) e os pós-doutores Wu Cheng e Li Wei. Para os autores, essa abordagem abre caminhos promissores para aplicações científicas e estratégicas de vigilância remota de alta precisão.
Com informações de Global Times.