CHINA EM FOCO

China e América Latina fortalecem laços em Pequim

China e CELAC terão a décima edição de seu fórum com presença de Lula

Créditos: Ricardo Stuckert
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O presidente chinês Xi Jinping participará da cerimônia de abertura do quarto encontro ministerial do Fórum China-CELAC (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos), agendado para terça-feira (13) na capital chinesa. Lula estará presente.

O evento marca uma década desde a criação oficial do fórum, que tem buscado aprofundar os vínculos entre a China e os países latino-americanos e caribenhos.

Segundo anúncio do Ministério das Relações Exteriores da China neste domingo, o encontro será conduzido pelo chanceler chinês Wang Yi e contará com a presença de ministros das Relações Exteriores e representantes de todos os países membros da CELAC, além de chefes de organizações regionais.

O presidente Xi deve fazer um discurso com propostas para fortalecer a parceria, detalhando os avanços e os horizontes do conceito de “comunidade de futuro compartilhado” entre a China e a região.

Durante coletiva de imprensa, o vice-ministro de Relações Exteriores, Miao Deyu, afirmou que o evento terá como destaque a assinatura de diversos documentos de cooperação. Os temas abordados incluem inovação tecnológica, inteligência artificial, infraestrutura, segurança alimentar, energias limpas, comércio, finanças e a Iniciativa Cinturão e Rota.

Relações mais próximas

Uma pesquisa recente conduzida pelo Instituto Global Times, com apoio da CLACSO e do Centro de Educação e Cultura China-América Latina, mostrou que 95% dos cidadãos chineses consideram essencial a boa relação com a região para o futuro desenvolvimento da China.

O estudo, realizado em abril, também revelou que 91% dos entrevistados veem os países latino-americanos como parceiros, participantes ou beneficiários da Iniciativa Cinturão e Rota.

Além do aspecto político e econômico, a percepção cultural mútua tem ganhado relevância. O estudo apontou que futebol, samba, culinária e café estão entre os elementos mais associados à América Latina pela população chinesa. Quando questionados sobre quais países gostariam de visitar, Brasil, Argentina e Chile lideraram as preferências.

A aproximação ocorre também em um cenário geopolítico tenso. Segundo o mesmo levantamento, mais de 40% dos chineses apontaram a pressão dos Estados Unidos como o principal entrave às relações sino-latino-americanas. Em contraste, 83% disseram ver os benefícios da cooperação como recíprocos.

Especialistas chineses destacam ainda que a parceria com a América Latina se diferencia por não impor condições ideológicas ou políticas. 

Com o fortalecimento da presença do Sul Global na cena internacional, espera-se que a CELAC e a China avancem na construção de uma nova ordem política e econômica mais inclusiva e multipolar. A expectativa, segundo analistas, é que o encontro de Pequim reforce esse compromisso e trace novas diretrizes para a cooperação estratégica entre as partes.

Com informações de Global Times e Xinhua

 

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