CHINA EM FOCO

China estabelece condição para negociar sobre tarifas com Trump

Após sinalização de queda por parte de Trump, ministério de Relações Exteriores da China se pronuncia

Guo Jiakun
Guo JiakunCréditos: MFA
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Nesta terça-feira (22), o presidente dos EUA Donald Trump afirmou que iria reduzir significativamente as tarifas da China depois de três semanas de guerra comercial com Pequim.

O estadunidense falou com repórteres durante a apresentação do novo presidente da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC, na sigla em inglês), Paul Atkins, realizada na Casa Branca, em Washington (EUA).

Ele disse que os EUA estavam “indo bem com a China”, que seria “muito gentil” com a China e “não jogaria duro”, e que as tarifas de 145% sobre a China eram “muito altas” e “vão cair substancialmente, mas não chegarão a zero”.

As tarifas, que podem chegar a mais de 200% em casos específicos, acabaram criando, na prática, um embargo econômico entre as duas maiores economias do mundo.

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A condição

Nesta quarta-feira (23), o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China Guo Jiakun afirmou que a China há muito tempo destaca que não há vencedores em guerras comerciais ou tarifárias, que o protecionismo não leva a lugar algum, e que tentativas de desvincular ou romper cadeias de suprimento resultarão apenas em autoisolamento.

Leia: O que diz o Livro Branco da China sobre a guerra comercial com os EUA

"A posição da China sobre a guerra tarifária iniciada pelos EUA é clara: não queremos uma guerra comercial, mas não temos medo de uma. Se houver confronto, lutaremos até o fim; se for para negociar, nossas portas estão amplamente abertas", disse Guo.

O porta-voz ainda destacou que, se os EUA realmente desejam resolver as questões por meio de negociações, devem parar de ameaçar e coagir, e engajar-se em conversas com a China com base na igualdade, respeito mútuo e reciprocidade.

"Dizer que quer um acordo comercial com a China, enquanto continua exercendo pressão máxima, não é a forma correta de lidar com a China – e isso não funcionará", afirmou Guo.

 

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