A economia chinesa registrou um crescimento robusto de 5,4% no primeiro trimestre de 2025, em comparação com o mesmo período do ano anterior, alcançando 31,87 trilhões de yuans (cerca de 4,42 trilhões de dólares), segundo dados divulgados na última quarta-feira (18) pelo Escritório Nacional de Estatísticas da China (NBS).
O desempenho foi comemorado por analistas internacionais como um sinal de resiliência e de reequilíbrio estrutural.
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Para o professor John Bryson, da Universidade de Birmingham, no Reino Unido, o resultado reflete uma transição estratégica. “A China tem se afastado de um modelo baseado em exportações e investimento em infraestrutura para uma abordagem mais equilibrada, com maior ênfase na demanda interna”, afirmou em entrevista à Xinhua.
A meta de crescimento do país para 2025 é de cerca de 5%. O desempenho do primeiro trimestre já coloca a China em posição vantajosa para enfrentar as incertezas do cenário global, incluindo tensões comerciais e tarifas impostas pelos Estados Unidos.
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Moteb Alshammary, executivo da Hisense Electronics na Arábia Saudita, destacou que “a economia chinesa possui uma força interna significativa, capaz de lidar com incertezas externas”, ressaltando os programas de estímulo ao consumo, como as políticas de substituição de bens por novos.
O governo chinês tem feito um esforço intenso para seguir crescendo mesmo com a guerra comercial imposta pelos Estados Unidos. Diversos estudos refletem que os EUA devem sair mais feridos das barreiras tarifárias do que a China.
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A cooperação entre China e outros países deve se fortalecer, a exemplo da visita de Xi Jinping aos países da ASEAN (Associação de Nações do Sudeste Asiático) nesta semana.
Além disso, programas de incentivo ao consumo interno para melhoramento da qualidade de vida da população chinesa e aquecimento econômico também são esperados, na chamada estratégia dupla da China: por um lado, expandir mercados externos com parceiros confiáveis, e, simultaneamente, fortalecer e enriquecer o mercado externo.
Com informações de Xinhua, Global Times e China Daily.