O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky afirmou nesta quinta-feira (17) que a China estaria enviando equipamentos militares para a Rússia no contexto da Guerra da Ucrânia.
No início deste mês, o líder de Kiev havia tentado associar Pequim à presença de dois cidadãos chineses na linha de frente — que foram por conta própria lutar pelo lado russo.
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Nas últimas semanas, Zelensky tem endurecido sua retórica anti-China, o que analistas enxergam como uma sinalização de Kiev para um melhor alinhamento com Donald Trump.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, negou enfaticamente a acusação "infundada" de Zelensky contra o país.
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"A posição da China sobre a questão da Ucrânia permanece consistente e clara. Trabalhamos ativamente por um cessar-fogo e para promover negociações de paz", afirmou.
"Nunca fornecemos armas letais a nenhuma das partes em conflito e controlamos rigorosamente a exportação de artigos de dupla utilização. A Ucrânia sabe disso claramente e declarou publicamente que a maior parte dos componentes militares importados pela Rússia veio dos EUA e de outros países ocidentais. A China se opõe firmemente a acusações infundadas e à manipulação política", completou.
A China, junto com o Brasil, apresentou uma proposta de paz para a Ucrânia que foi elogiada por diversos países do mundo e considerada uma estrutura base positiva para o início das negociações de cessar-fogo entre os envolvidos.
Contudo, existem motivos para acreditar que as acusações de Zelensky são uma forma de prorrogar o conflito.
"O lado ucraniano vem enfrentando crescente pressão para chegar a um acordo com os EUA, o que também pode ter levado a acusações infundadas contra a China, já que pode ser uma forma de o país obter mais apoio dos países ocidentais, especialmente pressionando os EUA", disse Cui Heng, acadêmico do Instituto Nacional da China para Intercâmbio Internacional e Cooperação Judicial da SCO, sediado em Xangai, ao Global Times na sexta-feira.
Com informações de Global Times.