CHINA EM FOCO

China e Brasil fecham compromisso comum para a COP30: "visões fortes e semelhantes"

Evento crucial, que será sediado em Belém, será importante ponte de diálogo internacional

Lula e presidente da China, Xi Jinping
Lula e presidente da China, Xi JinpingCréditos: Ricardo Stuckert/PR
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Brasil e China estão alinhados na defesa do multilateralismo como caminho essencial para enfrentar desafios globais, como as mudanças climáticas e o comércio internacional. A avaliação é de André Aranha Corrêa do Lago, presidente designado da COP30, que será realizada em novembro, no Brasil.

Em coletiva de imprensa nesta sexta-feira, em Pequim, Corrêa do Lago afirmou que “temos que garantir que a COP30 reforce a ideia de que é por meio do multilateralismo e do diálogo que vamos resolver as questões entre os países”.

Durante visita de cinco dias à China, o diplomata brasileiro se reuniu com autoridades do Ministério da Ecologia e Meio Ambiente e com Liu Zhenmin, enviado especial chinês para o clima.

Segundo Corrêa do Lago, o financiamento e o avanço tecnológico estarão no centro dos debates da COP30. Ele destacou que pretende mostrar aos países que combater as mudanças climáticas pode ser não apenas viável, mas também economicamente vantajoso.

“A China é um exemplo disso”, disse, referindo-se ao desenvolvimento de tecnologias sustentáveis, como veículos elétricos e painéis solares. “A China terá muitas contribuições positivas para a COP, pois demonstra que investir em áreas relacionadas ao clima pode trazer excelentes resultados para a economia e o bem-estar da população.”

O diplomata também ressaltou o papel central da China nas negociações climáticas e a longa cooperação com o Brasil em fóruns como o BRICS. “China e Brasil têm visões fortes e semelhantes sobre as negociações. Ambos acreditamos não apenas que devemos fortalecer o multilateralismo, mas também seguir as regras dessas negociações.”

Como presidente da COP30, afirmou: “Vamos consultar todos os países para garantir um resultado que fortaleça o regime de mudanças climáticas sob a ONU”.

Com informações de ChinaDaily.

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