O presidente da China, Xi Jinping, afirma que o povo chinês alcançará conquistas ainda mais notáveis e fará maiores contribuições para a nobre causa da paz e do desenvolvimento da humanidade.
A declaração de Xi, que também é secretário-geral do Comitê Central do Partido Comunista da China (PCCh) e presidente da Comissão Militar Central, foi feita nesta segunda-feira (30) em uma recepção realizada no Grande Palácio do Povo, em Pequim, para comemorar o 75º aniversário da fundação da República Popular da China (RPC) no dia 1º de outubro de 1949.
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O Dia Nacional da China é celebrado anualmente em 1º de outubro.
Em seu discurso, Xi, em nome do Comitê Central do PCCh e do Conselho de Estado, prestou homenagem ao povo de todos os grupos étnicos na China, aos oficiais e soldados do Exército Popular de Libertação da China e da Força Policial Armada Popular, e a outros partidos políticos e personalidades sem filiação partidária.
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Xi estendeu cumprimentos aos compatriotas das regiões administrativas especiais de Hong Kong e Macau, de Taiwan e aos chineses no exterior. Ele também expressou sua gratidão aos países amigos e aos amigos internacionais que se preocupam e apoiam o desenvolvimento da RPC.
"Nesta nova jornada em uma nova era, a tarefa central do Partido e do país é transformar a China em uma nação forte e alcançar o rejuvenescimento nacional em todos os aspectos, por meio da modernização chinesa. Avançar firmemente nesta grande causa sem precedentes é a melhor maneira de comemorar o aniversário da RPC", afirmou Xi.
O presidente chinês destacou que, para promover a modernização chinesa, é fundamental sempre manter o papel central do Partido na liderança geral e na coordenação dos esforços de todos os lados, seguir inabalavelmente o caminho do socialismo com características chinesas, aprofundar as reformas em todas as frentes e expandir a abertura, adotar uma abordagem centrada no povo e continuar comprometidos com o desenvolvimento pacífico.
Ele também destacou a importância de implementar plenamente, fielmente e resolutamente a política de "Um País, Dois Sistemas", segundo a qual o povo de Hong Kong governa Hong Kong e o povo de Macau governa Macau, ambos com um alto grau de autonomia. Xi pediu esforços para garantir e promover a prosperidade e a estabilidade a longo prazo em Hong Kong e Macau.
"Taiwan é uma parte integrante do território da China", atestou Xi, ao pedir esforços para aprofundar os intercâmbios e a cooperação econômica e cultural entre os dois lados do Estreito de Taiwan e se opor resolutamente às atividades separatistas voltadas para a "independência de Taiwan".
Xi observou que as pessoas de todos os países vivem na mesma Terra e compartilham um destino comum e pediu esforços para promover a construção de uma comunidade com um futuro compartilhado para a humanidade.
Após 75 anos de esforços árduos, a modernização chinesa abriu perspectivas promissoras, disse Xi, enquanto alertava para riscos e desafios potenciais no caminho à frente.
"Devemos estar atentos aos perigos potenciais e bem preparados", afirmou Xi, pedindo esforços para superar resolutamente as incertezas, riscos e desafios inesperados.
Tributo aos mártires
Xi e outros líderes do PCCh e do governo também participaram nesta segunda-feira de uma cerimônia na Praça Tian'anmen, mais conhecida como Praça da Paz Celestial, no centro de Pequim, para depositar cestas de flores em homenagem aos heróis caídos.
O evento foi realizado em comemoração ao Dia dos Mártires, celebrado um dia antes do Dia Nacional de 1º de outubro que este ano celebra o 75º aniversário de fundação da RPC.
Entre os mais de 2.400 participantes que trouxeram flores estavam veteranos, parentes de mártires, recipientes de medalhas nacionais e títulos honorários, modelos exemplares, estudantes e crianças.
Quando a cerimônia começou, todos os presentes cantaram o hino nacional, seguido por um momento de silêncio em homenagem aos heróis que sacrificaram suas vidas pela libertação do povo chinês e pelo desenvolvimento da RPC.
Nove grandes cestas de flores, com fitas que liam "Glória Eterna aos Heróis do Povo", foram colocadas em frente ao Monumento aos Heróis do Povo.
Xi e outros líderes aproximaram-se da base do monumento, onde ele ajustou as fitas nas cestas antes de liderar os demais oficiais em uma caminhada ao redor do monumento para prestar seus respeitos.
Vitória do povo chinês
A Guerra de Libertação do Povo Chinês refere-se ao conflito que ocorreu entre 1946 e 1949, após o término da Segunda Guerra Mundial, e que resultou na vitória do Partido Comunista Chinês (PCCh) sobre o Kuomintang (KMT), liderado por Chiang Kai-shek. Essa vitória foi essencial para a libertação do povo chinês da opressão feudal, imperialista e do governo nacionalista corrupto.
Essa guerra fez parte da Revolução Chinesa, que começou nas décadas anteriores com a luta contra os senhores feudais e a interferência estrangeira, especialmente dos japoneses, que ocuparam partes da China durante a Segunda Guerra Mundial. Após a derrota do Japão em 1945, as tensões entre o PCCh, liderado por Mao Zedong, e o KMT, que controlava o governo central, se intensificaram, levando a uma guerra civil.
O povo chinês celebra a vitória do PCCh como a libertação do povo chinês de um governo corrupto e do domínio imperialista. A vitória foi alcançada com o apoio de grande parte da população rural e do exército revolucionário do Partido, o Exército de Libertação Popular (ELP), que foi capaz de vencer as forças do KMT, que eram apoiadas pelos Estados Unidos.
Em 1º de outubro de 1949, após a vitória comunista, Mao Zedong proclamou a fundação da República Popular da China. A Guerra de Libertação não foi apenas uma vitória militar, mas também uma revolução social e política que pôs fim a séculos de domínio imperial e feudal, marcando o início de uma nova era de independência, unidade e progresso sob o socialismo.
Essa vitória foi fundamental para a criação de um governo que busca melhorar o bem-estar da população e alcançar a modernização da China e que transformou uma nação agrária em uma potência industrial socialista.
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