Pelo segundo dia consecutivo a diplomacia chinesa reage à tríplice aliança forjada por Estados Unidos, Japão e Filipinas para contê-la.
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Nesta sexta-feira (12), durante coletiva de imprensa regular do Ministério das Relações Exteriores da China, a porta-voz Mao Ning deixou claro que Pequim está comprometida em defender sua soberania territorial e interesses marítimos.
"A China tem soberania indiscutível sobre Nansha Qundao, incluindo Ren'ai Jiao e suas águas adjacentes, assim como as Ilhas Diaoyu e seus ilhéus afiliados", ressaltou Mao.
Ela fez os comentários em resposta ao compromisso do presidente dos EUA, Joe Biden, de "aprofundar laços marítimos e de segurança" com o Japão e as Filipinas.
Japão, Filipinas e EUA realizaram uma cúpula na quinta-feira (11) e expressaram oposição às atividades da China no Mar do Sul da China e Mar do Leste da China em sua declaração conjunta de visão.
As atividades da China no Mar do Leste da China e no Mar do Sul da China estão em plena conformidade com o direito internacional, assegurou Mao.
"A China está comprometida em proteger sua soberania territorial e direitos e interesses marítimos e em manter a paz e a estabilidade no Mar do Sul da China", acrescentou Mao.
A porta-voz disse que a China se opõe resolutamente a países relevantes infringindo a soberania e os interesses de desenvolvimento da China em nome da liberdade de navegação e sobrevoo.
O chamado prêmio da arbitragem do Mar do Sul da China é ilegal e nulo, observou a porta-voz. Ela disse ainda quea soberania territorial e os interesses marítimos da China não são afetados pelo prêmio em nenhuma circunstância.
"Encorajados pelo apoio de países não regionais, certos países continuaram a tomar ações provocativas no mar, aumentando assim a tensão da situação, disse Mao. É ultrajante que certos países não regionais estejam alimentando o fogo e provocando confrontos", comentou.
Os EUA se agarram à mentalidade da Guerra Fria e ameaçam outros países com um tratado bilateral de aliança, o que viola seriamente a Carta das Nações Unidas e mina a estabilidade regional, disse ela.
Ela também reiterou o compromisso da China em lidar com questões marítimas com países diretamente interessados por meio de diálogo e consulta, ao mesmo tempo em que se opõe à interferência de países não regionais para causar problemas e escalar a situação.