A 33ª Feira do Livro de Hong Kong, um importante evento cultural após a retomada completa da liberação aduaneira entre a China continental e a Região Administrativa Especial de Hong Kong (RAEHK), começou nesta quarta-feira em Hong Kong (19) - um centro internacional que aproxima a cultura chinesa do mundo.
Com o tema "Literatura para Crianças e Jovens Adultos", a feira do livro de 2023 espera atrair cerca de 760 expositores de mais de 30 países e regiões ao redor do mundo.
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Sophia Chong, diretora executiva adjunta do Conselho de Desenvolvimento do Comércio de Hong Kong (HKTDC, da sigla em inglês), disse que o tema é "particularmente reflexivo", pois esses livros "desempenham um papel substancial" no desenvolvimento das habilidades de pensamento dos jovens e na promoção da cultura de leitura entre o público em Hong Kong. O HKTDC é o organizador do evento.
Cultura chinesa
Um pavilhão dedicado à cultura da China continental é o destaque da feira. Uma das delegações culturais no pavilhão, da Região Autônoma da Mongólia Interior, trouxe 200 obras literárias e livros de arte, 89 tipos de produtos audiovisuais e produtos culturais criativos sobre sua cultura das estepes.
Esses livros proporcionaram uma janela para os habitantes de Hong Kong conhecerem a "diversidade e derivações criativas" da cultura da China continental, afirmou Chu Xin, sociólogo cultural, ao Global Times.
Além da "cultura das estepes", a delegação da província de Guangdong oferece livros sobre sua icônica cultura Yue (Cantonense). Com diversas publicações que apresentam o turismo cultural Yue, estilos de vida e história, esses livros têm o objetivo de aumentar o entendimento das pessoas sobre a Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau.
Também estão em exibição, além de livros em papel, o patrimônio cultural imaterial, como o bordado cantonês e a porcelana esmaltada Kwon.
"Essas heranças tradicionais revelam a profundidade histórica e cultural da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau", observou Chu.
Para promover ainda mais o papel "internacional" de Hong Kong, a Zona de Arte e Cultura Mundial foi projetada para apresentar livros de literatura e cultura de 24 países e regiões, como França, Coreia do Sul e Espanha.
Além de Theadora Whittington, uma conhecida autora britânica de livros infantis, e Jesse Q Sutanto, vencedora do Prêmio de Comédia Feminina Impressa em 2021, a feira convidou representantes internacionais de destaque para sediar seminários sobre o desenvolvimento da indústria global do livro.
Também na feira do livro, foi lançado um evento chamado Mundo dos Lanches para intrigar os jovens visitantes. Incluindo barras de lanche e chocolates, o evento reúne 1.200 guloseimas populares de todo o mundo.
Marca cultural
Ma Xinyou, um profissional do setor editorial, disse que as feiras internacionais do livro, especialmente aquelas em mega cidades como Hong Kong e Pequim, não se concentram mais apenas em "vendas, mas se tornaram uma marca cultural de suas respectivas cidades".
"Uma feira do livro é na verdade um evento social que reúne culturalistas. Sediar uma feira do livro bem-sucedida é um teste para a capacidade cultural de uma cidade", observou Ma.
Similar à Feira do Livro de Hong Kong, a 29ª Feira Internacional do Livro de Pequim, realizada em junho, atraiu um total de 1.500 expositores.O evento também abriu uma nova seção que se concentra nos desenvolvimentos da China na literatura online.
Celebração à palavra escrita
A abertura da 33ª Feira do Livro de Hong Kong atraiu uma multidão de leitores entusiasmados e deu início a uma celebração de uma semana da palavra escrita para visitantes de Hong Kong e além.
À medida que as portas se abriram, uma multidão de leitores entrou, atraída pela promessa de novos lançamentos, tesouros literários e pela chance de conhecer seus autores favoritos. O salão de exposições do Centro de Convenções e Exposições de Hong Kong foi transformado em um labirinto de estandes e quiosques, cada um deles repleto de joias literárias esperando para serem descobertas.
Livros didáticos e materiais de estudo para crianças e estudantes também são populares, como os livros de referência para os exames de língua chinesa e matemática no Exame de Educação Secundária de Hong Kong. Algumas famílias até trazem malas para levar suas compras de livros para casa, encantadas com suas aquisições.
Público diverso
Desde jovens estudantes até bibliófilos experientes, a multidão diversificada lotou os corredores, e seus olhos brilhavam de excitação enquanto percorriam as prateleiras. Com o aroma de livros no ar e o som de amantes de livros trocando recomendações e discutindo suas últimas descobertas, a feira foi um festim para os sentidos.
Livros de turismo foram uma escolha popular este ano, com muitos visitantes planejando suas próximas aventuras. A IGlobe Publishing, empresa sediada em Hong Kong e participante de longa data da feira, relatou um aumento de 10% em seu estoque de livros de viagem em comparação com o ano passado, pois a pandemia deixou muitos viajantes com um desejo reprimido de exploração. Com as fronteiras agora abertas, a empresa está se preparando para lançar uma nova edição de seus populares guias de viagem para a temporada de 2023/24.
A feira do livro deste ano é a primeira desde a retomada total das viagens entre Hong Kong e a China continental, e visitantes de toda a região têm se aglomerado no evento. Uma visitante de primeira viagem de Hangzhou, na província de Zhejiang, leste da China, sobrenome Hu, elogiou a feira por sua seleção diversificada de livros e pegou um guia sobre as ruas, arquitetura e culinária de Hong Kong para compartilhar com sua família.
A feira do livro destaca elementos da China continental, com áreas de exposição para a Região Autônoma da Mongólia Interior, no norte da China, que possui uma rica cultura e paisagens únicas, e para a província de Guangdong, um poder econômico do sul que faz fronteira com Hong Kong.
Na entrada da área de exposição de Guangdong, estão em exibição livros que apresentam a caligrafia Lingnan, a Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau e a estratégia econômica de "circulação dupla" da China. Um livro intitulado "Por que Shenzhen" interpreta a história desta cidade vibrante do sul da China, um centro líder de inovação, tecnologia e empreendedorismo localizado ao lado de Hong Kong.
Atividades diversas
A feira de uma semana também é uma festa de arte e entretenimento, oferecendo uma programação diversificada de eventos e atividades. Juntamente com a Ling Ngai Art Association, a Associação de Calígrafos de Hong Kong e outras organizações, a feira apresentará a exposição Tesouros da Cultura Lingnan, mostrando caligrafias de artistas famosos, pinturas da escola Lingnan e patrimônio cultural imaterial, como a porcelana Cantonês, para ajudar a promover o patrimônio artístico único de Lingnan.
Outro destaque da feira é a oportunidade de conhecer alguns dos famosos escritores da literatura. Longas filas serpenteavam pelos estandes, onde autores autografavam cópias de suas obras mais recentes, e fãs esperavam pacientemente pela chance de tirar fotos com seus ídolos literários.
A feira também contará com uma série de palestras e palestras de alguns dos maiores nomes da literatura, incluindo Yu Hua, aclamado escritor chinês conhecido por seus romances comoventes e provocativos que exploram as complexidades da China moderna, e Ma Boyong, um romancista que ganhou o Prêmio Mao Dun de Novo Talento.
A feira do livro também tem o privilégio de receber escritores de destaque em língua inglesa para a série de seminários de leitura em inglês e internacional. Entre os convidados especiais estão a escritora indonésia Jesse Q Sutanto, vencedora do Prêmio de Comédia Feminina Impressa de 2021, e Theadora Whittington, uma conhecida autora britânica de livros infantis que publicou "A Tartaruga da Areia".
Feira nas redes
Uma usuária da plataforma de mídia social Xiaohongshu disse que reservou pelo menos cinco eventos de seminários, incluindo um de Yu Hua, e pediu aos outros usuários que recomendem obras literárias de Hong Kong. Outro guia da feira do livro para participantes de primeira viagem recebeu quase mil curtidas, tornando-se uma postagem popular.
Devido à resposta entusiasmada, o organizador mudou o local para acomodar mais leitores que desejavam assistir às palestras dos famosos autores.
Com informações do Global Times e Xinhua