A China está preocupada com a destruição da barragem da usina hidrelétrica de Kakhovka, no sul da Ucrânia. A declaração foi feita pelo representante permanente do país na Organização das Nações Unidas (ONU), Zhang Jun, nesta terça-feira (6), na sede da entidade, em Nova York (EUA).
Zhang destacou que a proteção de civis e instalações civis críticas em conflitos armados é um princípio importante consagrado no direito humanitário internacional.
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"Expressamos nossa profunda preocupação com a destruição da represa na usina hidrelétrica de Kakhovka. Estamos profundamente preocupados com as conseqüências humanitárias, econômicas e ecológicas resultantes. Apelamos a todas as partes em conflito para respeitarem o direito humanitário internacional e fazerem o possível para proteger os civis e a infraestrutura civil", disse ele.
O rompimento da barragem provocou inundações. Um grande número de pessoas precisa urgentemente de evacuação e dezenas de milhares de pessoas podem enfrentar dificuldades no acesso à água potável. A China apoia os esforços ativos das Nações Unidas e das agências humanitárias para ajudar a evacuar as pessoas afetadas, seguido de mais assistência, destacou Zhang durante reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU.
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O reservatório, formado pela barragem, também é uma importante fonte de água de resfriamento para a usina nuclear de Zaporizhzhia. A China observa que o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica confirmou que a destruição da represa não representa nenhum risco à segurança da usina nuclear de Zaporizhzhia. No entanto, como a água no reservatório continua a diminuir, pode não ser possível continuar bombeando água para a usina nuclear no futuro.
"A China reitera que, no caso de um desastre nuclear, ninguém pode ficar imune. Pedimos o máximo de moderação, para evitar palavras e ações que possam aumentar o confronto e levar a erros de cálculo, e para os esforços para manter a segurança e a proteção de a usina nuclear de Zaporizhzhia", afirmou Zhang.
Escalada do conflito
A China está preocupada com o prolongamento ou mesmo com a escalada da crise na Ucrânia. O que acaba de acontecer mostra mais uma vez que tudo pode acontecer em uma situação de conflito. As chamas da guerra, se permitidas, só trarão mais sofrimento e mais desastres, bem como grandes riscos que são difíceis de prever, alertou Zhang.
As partes envolvidas devem cair em si, exercer moderação e retomar as negociações de paz o mais rápido possível. A comunidade internacional não deve poupar esforços com maior sentido de urgência para criar condições favoráveis ao diálogo e às negociações e ao restabelecimento da paz, prosseguiu o diplomata chinês.
Nenhuma das partes, especialmente países com influência importante, deve alimentar o fogo e aumentar as tensões, muito menos tentar lucrar com a expansão das crises para avançar em sua própria agenda estratégica, acrescentou Zhang.
A China continuará do lado da paz e, ao lado dos parceiros envolvidos, fará esforços incansáveis para promover negociações de paz e alcançar uma solução política para a crise ucraniana, finalizou o diplomata chinês.
Com informações da CGTN