Em janeiro de 1969, o presidente chinês, Xi Jinping, era um jovem com menos de 16 anos que saiu da casa para viver e trabalhar numa brigada de produção na aldeia de Liangjiahe, na província de Shaanxi, noroeste da China.
Antes da partida, sua mãe confeccionou uma bolsinha para ele, na qual bordou três caracteres chineses vermelhos, em português, “Coração da Mãe”. Essa bolsinha é como uma lembrança que testemunhava a relação íntima entre mãe e filho.
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Em 2001, ao escrever uma carta a familiares, o presidente chinês disse que a família é a primeira sala de aula da vida e os pais são os primeiros professores dos seus filhos. Diferentes formas de educação familiar criam pessoas diferenciadas.
Para Xi Jinping, é impressionante o ensinamento dado por sua mãe, que é “fidelidade à pátria e contribuição com todas as forças a ela”, também considerado pelo dirigente chinês como um objetivo buscado na vida inteira.
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A mãe do líder chinês esperava que o filho fosse se dedicar, com todos os esforços, ao trabalho, o que nunca foi esquecido por Xi Jinping. Segundo o presidente, tudo que está fazendo é em benefício do povo e é necessário amá-lo como se fosse seus próprios pais, para levar a população chinesa a uma vida mais feliz.
Homenagem à mãe
Em 2015, na mensagem para o Festival da Primavera - o Ano Novo Lunar, primeiro dia do ano chinês - Xi citou um poema da dinastia Tang da China para expressar seu profundo afeto por sua mãe.
Depois de assumir o cargo de quadro dirigente do Partido Comunista da China (PCCh), Xi tem recebido uma série de ensinamentos da mãe sobre a autodisciplina rigorosa, um princípio básico seguido por ele tanto no trabalho quanto na vida cotidiana.
Desde o 18º Congresso Nacional do Partido Comunista da China (PCCh), em 2012, o dirigente destaca a importância da educação e dos costumes familiares em várias ocasiões.
Segundo ele, é necessário que as famílias transmitam boas virtudes morais aos seus filhos, enquanto eles são pequenos, para ajudá-los a ter almas bondosas e crescimento saudável, a fim de se tornarem homens úteis para o país e o povo.
Dia das Mães na China
A China também celebra o Dia das Mães no segundo domingo de maio. Mas o conceito da celebração segue os princípios tradicionais da cultura chinesa de mostrar apreço aos pais e respeitar os mais velhos.
Outra característica própria do Dia das Mães na China é ter como exemplo para relação entre mãe e filho a história milenar do filósofo confucionista Mencius (372–289), também chamado de Mengzi, e sua mãe Zhang. O pensador foi muitas vezes foi descrito como o “Segundo Sábio”, atrás apenas do próprio Confúcio.
A história é sobre como Zhang se mudou para três casas diferentes para encontrar o local perfeito para criar seu filho. Vindo de uma família pobre, o pai de Mencius faleceu quando ele era jovem, deixando sua mãe para criá-lo sozinha.
O primeiro local foi ao lado de um cemitério. Zhang costumava encontrar o bebê Mencius imitando os enlutados em procissões fúnebres, então ela decidiu se mudar.
A segunda casa ficava perto de um mercado na aldeia deles. Lá, o menino começou a imitar os gritos dos comerciantes que eram vistos como uma ameaça à harmonia social pela manipulação do mercado e exploração dos agricultores na China antiga. Com medo do futuro de seu filho, Zhang mudou-se novamente.
A terceira e última casa ficava ao lado de uma escola. Inspirado pelos estudiosos e alunos da escola, Mencius estudou diligentemente, o que o levou a se tornar o estudioso que agora é conhecido.
A história ficou famosa por enfatizar a importância de encontrar o ambiente adequado para criar os filhos para garantir sua felicidade.
Com informações da Rádio China Internacional, Diário do Povo e Xinhua
