O principal diplomata da China, o diretor do Gabinete da Comissão de Relações Exteriores do Comitê Central do Partido Comunista da China (PCCh), Wang Yi, recebeu o secretário de Relações Internacionais do Partido dos Trabalhadores (PT), Romênio Pereira, nesta quarta-feira (1), em Pequim.
Durante o encontro, Wang, que também integra o Birô Político do Comitê Central do PCCh, afirmou que o partido está pronto para mais trocas sobre a experiência de governança estatal com o PT.
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Wang observou que as relações sino-brasileiras afetam o desenvolvimento dos dois países assim como a paz e a estabilidade mundiais. Ele afirmou que o PCCh está disposto a abrir novas perspectivas para a parceria estratégica abrangente China-Brasil.
O diplomata chinês destacou que a China e o Brasil são grandes países em desenvolvimento com impacto global e países de mercados emergentes. "A China sempre vê os laços bilaterais com o Brasil de uma perspectiva estratégica e de longo prazo", afirmou. Ele acrescentou que os dois países desfrutam de cooperação frutífera em vários campos e estreita coordenação em assuntos internacionais.
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Já o secretário de Relações Internacionais do PT disse que o partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva atribui grande importância ao fortalecimento do intercâmbio de experiências com o PCCh sobre governança partidária e estatal e espera impulsionar a cooperação bilateral em vários campos para o benefício dos dois povos.
Pereira chefia a delegação do PT nesta visita à China que antecede a ida do presidente Lula agendada para o próximo dia 28 de março, quando se reunirá com o presidente Xi Jinping.
O representante do PT também se reuniu com o chefe do Departamento Internacional do Comitê Central do PCCh, Liu Jianchao. Os dois lados trocaram opiniões sobre o aprofundamento da amizade tradicional entre as duas partes, o fortalecimento do aprendizado mútuo sobre governança partidária e estatal e avanços na parceria estratégica abrangente China-Brasil.
Para China relatório dos EUA sobre atuação do país no OMC é "bullying consistente"
O governo chinês classificou como "bullying consistente" o relatório 2022 apresentado pelo Escritório do Representante de Comércio dos Estados Unidos ao Legislativo do país sobre a atuação da China junto à Organização Mundial do Comércio (OMC).
De acordo com um porta-voz do Ministério do Comércio chinês em manifestação nesta quinta-feira (2), o lado dos EUA ignorou as grandes conquistas da China no cumprimento dos compromissos com a OMC, distorceu o progresso no desenvolvimento da economia de mercado e negou importantes contribuições ao sistema multilateral de comércio e ao desenvolvimento econômico global.
Para a China, os EUA julgaram outros membros da OMC com os próprios critérios de "economia de mercado", que carecem de base legal e factual. "Como o maior país em desenvolvimento na OMC, a China sempre defendeu o sistema multilateral de comércio e cumpriu integralmente seus compromissos de adesão à OMC ao longo de mais de duas décadas", afirmou o porta-voz.
De acordo com o Ministério de Comércio chinês, a China tem sido amplamente reconhecida pelos membros da OMC pela contínua expansão da abertura institucional de alto nível e pela ajuda ativa que tem dado a outros países membros em desenvolvimento, especialmente os mais subdesenvolvidos, para integrar no sistema multilateral de comércio.
O porta-voz afirmou ainda que nos últimos anos, os EUA se envolveram em intimidação comercial unilateral, manipularam os padrões duplos das políticas industriais e interromperam as cadeias industriais e de suprimentos globais - ações que minaram gravemente a autoridade e a eficácia do sistema multilateral de comércio.
O Órgão de Solução de Controvérsias da OMC decidiu que as medidas dos EUA violaram as regras da OMC. No entanto, os Estados Unidos se recusaram a implementar a decisão e "paralisaram" o órgão de apelação, o que enfraqueceu os valores centrais e os princípios básicos do sistema comercial multilateral.
A China pede aos EUA que corrijam seus erros em tempo hábil, cumpram as regras da OMC e seus próprios compromissos e desempenhem seu papel na salvaguarda da autoridade, integridade e eficácia do sistema multilateral de comércio, finalizou o porta-voz.
China quer aumentar orçamento de defesa em 2023
Com foco na modernização da defesa nacional e em tensões de segurança, a China deverá aumentar os gastos militares este ano. Um projeto de orçamento de defesa para 2023 será divulgado na abertura da sessão anual da Assembleia Popular Nacional (APN) no próximo domingo (5).
Em 2022, o orçamento de defesa da China foi fixado em 1,45 trilhão de yuans (US$ 230 bilhões), um aumento de 7,1%, mais rápido que os 6,8% em 2021 e 6,6% em 2020. O país manteve crescimentos de um dígito em seu orçamento anual de defesa desde 2016.
Aumentos de gastos globais
Nos últimos anos, os gastos militares da China foram mantidos em cerca de 1,3% do PIB, enquanto o valor dos EUA é de cerca de 3,5% e a diretriz da Otan é de 2%.
Os gastos militares de Washington permanecem três a quatro vezes maiores que os da China. A última Lei de Autorização de Defesa Nacional dos EUA, assinada em dezembro de 2022, autorizou US$ 817 bilhões em gastos para o Pentágono para o ano fiscal de 2023.
Em dezembro de 2022, o Japão aprovou um projeto de orçamento de defesa recorde de 6,8 trilhões de ienes (US$ 51 bilhões) para o ano fiscal de 2023, marcando um aumento impressionante de 26,3% em relação a 2022.
Alguns outros países como Índia, Reino Unido, França, Alemanha e Austrália planejam aumentar gastos com defesa.
China construiu a maior rede 5G do mundo e avança na 6G
Com mais de 2,31 milhões de estações base 5G cobrindo todas as cidades, condados e áreas urbanas em todo o país, a China construiu a maior rede 5G do mundo. Além disso, o setor industrial do país fez progressos significativos nos últimos 10 anos, com maior consolidação de status de potência manufatureira com ampla presença cibernética.
O balanço foi divulgado pelo Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação chinês nesta quarta-feira (1o) em entrevista coletiva com o ministro Jin Zhuanglong e o engenheiro-chefe e porta-voz da pasta, Tian Yulong.
Tian afirmou que o país continuará promovendo a aplicação 5G em vários setores e impulsionando o desenvolvimento integrado dessas tecnologias à medida que avança na expansão dos cenários de aplicação.
Para o desenvolvimento 6G, recordou o porta-voz, foi criado um grupo em 2019 como a principal plataforma para promover pesquisa e desenvolvimento e cooperação internacional, que é focado na produção industrial, educação, pesquisa e aplicação do setor que é formado por empresas nacionais e internacionais, universidades e institutos de pesquisa.
Progresso industrial na última década
"O sistema industrial do país tornou-se mais completo. A China conta hoje com 41 grandes categorias industriais, agrupando 207 no nível médio e 666 no nível baixo", afirmou Jin. Ele acrescentou que a China é o único país do mundo que tem todas as categorias industriais definidas na classificação industrial das Nações Unidas.
A participação da manufatura de alta tecnologia e da fabricação de equipamentos pela China que agregaram valor em todo o setor industrial representou 15,5% e 31,8%, respectivamente, no ano passado, acima dos 9,4% e 28% de uma década atrás.
A potência asiática também produziu uma série de conquistas de inovação marcantes em campos-chave, com o estabelecimento de 24 centros de inovação de manufatura em nível nacional. Outros grandes progressos incluem as muitas missões espaciais tripuladas do país, seu jato doméstico C919 e um grande número de patentes relacionadas ao 5G, finalizou Jin.
Observatório astronômico da China descobre novo cometa
A Estação de Observação Xuyi, na província de Jiangsu, leste da China, descobriu um novo cometa. A estação pertence ao Observatório da Montanha Púrpura da Academia Chinesa de Ciências.
A descoberta foi confirmada pelo Minor Planet Center (MPC) da União Astronômica Internacional nesta quarta-feira (2) e recebeu o nome de Tsuchinshan-ATLAS.
O objeto foi avistado enquanto cruzava o céu no dia 9 de janeiro por astrônomos com o o localizador telescópico de objetos próximos da Terra. O cometa segue em direção ao sol e seu brilho aumentará rapidamente. Espera-se que seja visível a olho nu em setembro de 2024..
Com informações da Xinhua, CGTN e Global Times