O Massacre de Nanjing foi um dos mais trágicos eventos da Segunda Guerra Mundial. O Japão, sob a liderança de seu imperador Hirohito, ocupou a então capital da República da China, em 13 de dezembro de 1937. Atualmente, a cidade é capital da província de Jiangsu, leste do país.
Durante seis semanas, soldados japoneses cometeram atrocidades em grande escala contra civis e prisioneiros de guerra, incluindo assassinato, estupro e saque. Estima-se que 300 mil civis chineses e desarmado foram mortos ao longo da ofensiva.
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Este massacre é lembrado como um dos mais brutais episódios de violência da guerra mundial na qual o Japão imperialista lutou ao lado do Eixo, com a Alemanha nazista de Adolph Hitler e a Itália facista de Benito Mussolini.
O exército japonês já ocupava a região chinesa da Manchúria desde setembro 1931, evento que marcou o início do domínio japonês na região. Este ato de agressão foi um prelúdio significativo para a Segunda Guerra Mundial na Ásia.
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Para nunca esquecer
Em 1985 foi inaugurado o Salão Memorial das Vítimas do Massacre de Nanjing, que reúne um acervo de cerca de 193 mil itens, incluindo fotografias, artefatos e vídeos da tragédia.
Materiais históricos foram progressivamente recolhidos como novas provas de crimes de guerra relacionados com o massacre. Mais de 1.100 itens, incluindo 125 jornais dos EUA, como o The New York Times, que relataram a atrocidade, foram doados ao memorial este ano.
O governo chinês preservou os testemunhos dos sobreviventes, que este ano diminuiu para apenas 38 pessoas, registrados em documentos escritos e vídeos. Esses registros do massacre foram listados pela Unesco no Registro da Memória do Mundo em 2015.
Em 2014, o legislativo nacional da China designou o dia 13 de dezembro como o dia em memória nacional das vítimas do Massacre de Nanjing.
Silêncio e reverência
Nesta quarta-feira (13), foi realizada a 10ª cerimônia em memória nacional das vítimas do Massacre de Nanjing. O evento ocorreu no Salão Memorial das Vítimas. A população da cidade observou um momento de silêncio e sirenes foram ouvidas por toda a cidade.
Apesar do frio do inverno, milhares de pessoas, vestidas com trajes escuros, participaram da cerimônia com flores brancas presas ao peito.
Às 10h01 (horário de Pequim), as sirenes começaram a tocar. Os motoristas do centro da cidade pararam os carros e buzinaram, enquanto os pedestres pararam para um momento de silêncio em memória das vítimas.
Mais de 80 jovens leram em voz alta uma declaração de paz e os representantes dos cidadãos tocaram o Sino da Paz. Pombas brancas, simbolizando a esperança de paz, foram soltas para sobrevoar a praça do Salão Memorial das Vítimas do Massacre de Nanjing pelos Invasores Japoneses.
Com informações da Xinhua