A Xiaomi, fabricante chinesa de eletroeletrônicos, alcançou seu primeiro crescimento anual de receita em seis trimestres. Esse resultado foi impulsionado por um negócio de smartphones mais forte, à medida que a empresa continua a avançar contra rivais no segmento premium em meio a mudanças nas preferências dos consumidores.
O presidente da Xiaomi, Lu Weibing, disse em uma teleconferência com a mídia nesta segunda-feira (20) que o desenvolvimento do veículo elétrico (EV) da empresa também está no caminho certo, com o segundo teste de inverno de seus EVs prestes a começar, sem entrar em detalhes. A Xiaomi gastou 1,7 bilhão de yuan (US$ 237 milhões) em seu negócio de EV no terceiro trimestre.
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A receita da Xiaomi, com sede em Pequim, cresceu 0,6% ano a ano, para 70,9 bilhões de yuan (US$ 9,93 bilhões) no trimestre de setembro, revertendo uma trajetória de queda na receita anual nos últimos seis trimestres, de acordo com o relatório financeiro da empresa divulgado nesta segunda-feira.
Mercado de smartphones
Durante o terceiro trimestre, a terceira maior fabricante de smartphones do mundo enviou 41,8 milhões de unidades de celulares, um aumento de 4% ano a ano. A receita de smartphones da Xiaomi representou 58,7% das vendas totais, comparado com 60,3% um ano atrás.
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A Xiaomi retornou à lucratividade no terceiro trimestre, obtendo uma receita líquida de 4,9 bilhões de yuan (US$ 6,9 milhões), em comparação com um prejuízo de 1,5 bilhão de yuan (US$ 2,6 milhões) no ano anterior.
As remessas totais da indústria na China caíram pelo segundo trimestre consecutivo durante o terceiro trimestre, com uma redução de 5% ano a ano, de acordo com dados da Canalys.
No entanto, Lu Weibing, da Xiaomi, repetiu em uma teleconferência sua visão otimista para o mercado global de smartphones no próximo ano, citando uma redução no declínio global das vendas.
As remessas globais de smartphones caíram 1% em relação ao ano anterior no terceiro trimestre, uma redução em comparação com a queda de 10% no segundo trimestre, em meio a sinais de melhoria da demanda em alguns mercados regionais, segundo a Canalys.
Lu havia dito anteriormente que os fabricantes chineses de smartphones enviariam mais de 280 milhões de unidades para o mercado doméstico em 2024. Ele espera um aumento geral de 5% para os fornecedores chineses no mercado global de smartphones no próximo ano.
Novo sistema operacional baseado em IA
A Xiaomi revelou seu novo sistema operacional, Xiaomi HyperOS, em outubro, com foco em suas capacidades de inteligência artificial (IA). A empresa também destacou as fortes vendas da sua série Xiaomi 14, lançada no final de outubro. Segundo a Xiaomi, sua série 14 é a única oferta doméstica que pode rivalizar com a série iPhone 15 da Apple em termos de vendas durante o recente festival de vendas do Dia dos Solteiros na China.
Nos onze dias de 31 de outubro a 10 de novembro, a Xiaomi vendeu 1,4 milhão da série 14, de acordo com relatórios da mídia local que citaram fontes familiarizadas com a situação.
No entanto, Lu Weibing disse que a série 14 representa apenas uma pequena parte das vendas totais da Xiaomi. Ele também reconheceu que a empresa está sentindo a concorrência de alguns rivais domésticos no segmento premium.
Além da série iPhone 15 da Apple, a Huawei Technologies tem se saído bem com seus aparelhos 5G Mate 60 Pro, que possuem um chipset avançado desenvolvido internamente.
Nascida como uma oferta mais econômica, a Xiaomi começou a mirar os iPhones da Apple no segmento premium em 2021 com sua série 12, disse Lu.
No entanto, os smartphones da Xiaomi agora "superam os iPhones em muitos aspectos quando se trata de experiências de produto", disse Lu, acrescentando que a série 14 conquistou os consumidores em casa.
A Xiaomi espera lançar a série 14 no mercado global no próximo ano, aproveitando uma tendência de consumo por smartphones de ponta, em uma jogada que também a colocará em competição com a Samsung Electronics.
O HyperOS da Xiaomi apresenta IA generativa para aprimorar as funções dos smartphones, tornando a empresa uma das mais recentes fabricantes chinesas de celulares a aderir à tendência da IA generativa. A Xiaomi disse que pretende investir mais em IA.
Oppo e Vivo, duas rivais da Xiaomi com sede em Guangdong, também anunciaram publicamente seus planos de integrar a IA em seus aparelhos.