A taxa geral de infecções por Covid-19 durante o Ano Novo Chinês – o Festival da Primavera, realizado entre 21 e 27 de janeiro – foi baixa e os casos estavam em declínio constante em vários lugares da China. A informação foi divulgada pelo porta-voz da Comissão Nacional de Saúde (NHC, da sigla em inglês), Mi Feng, nesta segunda-feira (30).
O funcionário do Departamento de Saúde Primária do NHC, Fu Wei, disse que o número de visitas em busca de tratamento em clínicas de febre, ambulatório geral e departamentos de emergência no município e centros comunitários de saúde – as instituições médicas e de saúde de base – foi baixo durante o Festival da Primavera.
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O número de pessoas que visitaram as clínicas de febre foi o mais baixo em 22 de janeiro, observou Fu. Ele acrescentou que, embora tenha aumentado mais tarde, ainda houve uma queda de 40% em relação ao número antes do Ano Novo Chinês e uma queda de 94% em comparação com o pico valor diário em 23 de dezembro.
As pessoas que procuraram tratamento em ambulatórios gerais e departamentos de emergência totalizaram quase 2,04 milhões em 27 de janeiro, uma queda de quase 30% em relação a 20 de janeiro, um dia antes do festival, segundo Fu. O número é cerca de 44% do pico diário em 29 de dezembro, acrescentou.
Fu concluiu que o tratamento médico e a prevenção e controle de epidemias em instituições médicas e de saúde de base durante o Festival da Primavera foram "tranquilos e ordenados".
O vice-chefe do Departamento de Economia Cooperativa Rural do Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais, Mao Dezhi, confirmou que a epidemia permaneceu estável em geral nas áreas rurais durante o Festival da Primavera.
Mi pediu que as áreas rurais continuem sendo a principal prioridade da prevenção e controle da epidemia, e esforços ainda devem ser feitos para garantir as necessidades de medicamentos e tratamento das pessoas.
CFP - Um médico rural visita os aldeões que retornam de outras províncias na vila de Dongyin, cidade de Loudi, cidade de Shijiazhuang, província de Hebei, norte da China (21/1/23)
TikTok não é ameaça à segurança dos EUA
O TikTok não representa uma ameaça à segurança dos EUA. É o que afirma um novo estudo do Projeto de Governança da Internet (PGI), do Instituto de Tecnologia da Geórgia.
Segundo o estudo, o governo chinês aplica as regulamentações sobre redes sociais, seguindo leis nacionais, à versão chinesa Douyin, mas não nas operações internacionais da empresa. Os autores também afirmam que o TikTok "não emprega censura política aberta”.
A pesquisa do Projeto de Governança da Internet (PGI) concluiu que o TikTok é uma empresa privada com fins lucrativos que ajusta suas políticas ao mercado não chinês à medida que se internacionaliza, e que suas políticas de conteúdo são regidas por “forças de mercado”.
O PGI informa no relatório que nem a pesquisa nem o projeto como um todo receberam qualquer financiamento do TikTok, da ByteDance ou de qualquer parte interessada.
Legisladores do país estadunidense planejam banir a rede social pertencente à companhia chinesa ByteDance. Em 30 de dezembro de 2022, o presidente dos EUA, Joe Biden, assinou uma lei que bane o TikTok em dispositivos do governo. Vinte e um dos 50 estados dos EUA já bloquearam parcialmente o acesso à plataforma em equipamentos governamentais.
Previsão otimista para plataformas chinesas em 2023
Ao longo deste ano de 2023 a expectativa é de que empresas de tecnologia e internet da China vivenciem uma nova rodada de crescimento, o que injetará maior ímpeto na criação de empregos e na recuperação econômica do país. A previsão foi feita por especialistas do setor e executivos de empresas.
"Restaurar as expectativas e a confiança nas empresas de plataforma este ano impulsionará a promoção de empregos de alta qualidade", avaliou o pesquisador-chefe do Centro de Intercâmbio Econômico Internacional da China, Zhang Yansheng.
“Eles também podem maximizar seu papel de impulsionar a integração das tecnologias digitais e da economia real para oferecer um novo ímpeto a novas ocupações”, completou Zhang.
As observações foram feitas após a Conferência Central de Trabalho Econômico realizada em dezembro. A reunião enfatizou que as empresas de plataforma – que se referem principalmente a empresas de tecnologia e internet que utilizam plataformas para oferecer serviços – serão apoiadas para “exibir plenamente suas capacidades” no reforço do crescimento econômico, criação de empregos e competição internacional.
Um relatório liderado pela Academia Chinesa de Ciências de Pessoal informou que, nos próximos cinco anos, espera-se que o ecossistema digital da Tencent ajude a criar 31,8 milhões de novos empregos e acrescentou que a empresa impulsionou o desenvolvimento de 147 novas categorias de trabalho.
“Como parte importante da nova economia, a economia de plataforma passou por um período de governança saudável, juntamente com a melhoria gradual de leis e regulamentos relacionados, e agora tem condições de irradiar vitalidade e acelerar o desenvolvimento”, comentou o chefe de inovação industrial e tecnológica do Instituto de Ciência e Desenvolvimento da Academia Chinesa de Ciências, Wang Xiaoming.
“Em meio às incertezas econômicas internas e externas, espera-se que as empresas de plataforma desempenhem um papel de liderança na condução do crescimento econômico doméstico e no avanço industrial global”, pontuou Wang.
Já o diretor do departamento de informação e desenvolvimento industrial do State Information Center, Shan Zhiguang, comentou que no o futuro, um grupo de empresas de tecnologia e internet vai liderar a transformação digital em vários setores industriais, incluindo consumo, entretenimento e assistência médica.
"Eles impulsionarão a formação de vários ecossistemas de inovação relacionados à inteligência artificial, computação em nuvem, blockchain, big data e processadores. Será um novo normal para as principais economias competirem nos ecossistemas mencionados acima", enfatizou Shan.
Um white paper divulgado pela Academia Chinesa de Tecnologia da Informação e Comunicações, um think tank do governo, mostrou que a escala de mercado da economia digital da China atingiu US$ 7,1 trilhões no ano passado, a segunda maior do mundo.
"Em termos de consumo, as gerações mais jovens da China estão se tornando a principal força do consumo de luxo. Somos inspirados a trazer uma demanda tão forte para marcas globais e para o mercado consumidor", observou o fundador e CEO da Poizon, uma empresa online mercado de moda para tênis de marca autêntica e acessórios de grife e de marcas de luxo, Yang Bing.
No futuro, a plataforma também alavancará mais tecnologias, incluindo realidade aumentada e inteligência artificial, para gerar experiências de consumo mais criativas para os consumidores jovens, acrescentou Yang.
"Essa mudança positiva permite que as empresas de plataforma não apenas liderem o desenvolvimento em vários setores de negócios no mercado doméstico, mas também compitam ainda mais no cenário global no futuro", avaliou o ex-vice-ministro do comércio e vice-presidente do China Center for International Economic Exchanges, Wei Jianguo.
Receita pública geral da China aumenta 0,6% em 2022 após cortes de impostos
A receita do orçamento público geral da China aumentou 0,6%, para 20,4 trilhões de yuans (US$ 3 trilhões) em 2022, à medida que o país estabilizou a economia e ajudou entidades de mercado a enfrentar a pandemia de Covid-19.
O país intensificou os cortes de impostos em 2022 para aliviar o fardo das empresas. Portanto, excluindo os descontos fiscais, a receita do orçamento geral aumentou 9,1% no ano, mostraram dados do Ministério das Finanças nesta segunda-feira (30).
As despesas gerais do orçamento público aumentaram 6,1%, com as despesas com segurança social e emprego subindo 8,1% e as despesas com saúde aumentando 17,8%.
A receita tributária da China diminuiu 3,5%, para 16,7 trilhões de yuans em 2022 em comparação com o ano anterior.
O país reembolsou um valor recorde de 2,4 trilhões de yuans em créditos fiscais de valor agregado aos contribuintes em 2022, o que o ministério informou ter ajudado a aliviar o fardo das empresas e aumentar a vitalidade e o consumo do mercado.
Estatais da China registram crescimento de receita em 2022
As empresas estatais (SOEs, da sigla em inglês) da China registraram aumento de receita no ano passado, de acordo com dados oficiais divulgados nesta segunda-feira (30).
As estatais arrecadaram 82,6 trilhões de yuans (cerca de US$ 12,2 trilhões) em receitas operacionais em 2022, um aumento de 8,3% em relação ao ano anterior, mostram dados do Ministério das Finanças.
Os lucros combinados das empresas estatais diminuíram 5,1% ano a ano, para 4,31 trilhões de yuans no ano passado, disse o ministério.
As estatais viram a relação dívida/ativo atingir 64,4% no final de 2022, um aumento de 0,4 ponto percentual em relação ao ano anterior, segundo o ministério.
O lucro líquido das SOEs administradas centralmente aumentou 5% ano a ano, para 1,9 trilhão de yuans em 2022, de acordo com dados da Comissão de Supervisão e Administração de Ativos Estatais do Conselho de Estado.
Com informações da CGTN, DongSheng News e Xinhua