CHINA EM FOCO

Chanceler chinês elenca cinco certezas sobre a China a representantes dos EUA

Em viagem a Nova York (EUA) Wang Yi também se encontrou com o ex-secretário de Estado dos EUA Henry Kissinger e pediu que Washington lide adequadamente com a questão de Taiwan

Créditos: Ministério das Relações Exteriores da China - Wang Yi conversa com Henry Kissinger em Nova York, EUA (19/9/22)
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O conselheiro de Estado chinês e ministro das Relações Exteriores, Wang Yi, está em Nova York (EUA) e elencou cinco certezas sobre a China: Pequim segue firme rumo ao crescimento econômico; reforma e abertura; relações bilaterais estáveis com os EUA; fortalecimento da cooperação econômica e comercial mundial; e atuação coordenada com Washington. Wang também se reuniu com o ex-secretário de Estado dos EUA, Henry Kissinger.

As declarações sobre as certezas chinesas foram feitas por Wang durante um encontro realizado nesta segunda-feira (19) com representantes do Comitê Nacional de Relações Estados Unidos-China, do Conselho Empresarial EUA-China e da Câmara de Comércio dos Estados Unidos.

Xinhua - Wang Yi se reúne com representantes dos EUA em Nova York, EUA (19/9/22)

O chanceler chinês destacou que a primeira das certezas sobre a China é a perspectiva de desenvolvimento. "O próximo 20º Congresso Nacional do Partido Comunista da China (PCCh) planejará e formulará o próximo plano de desenvolvimento e metas do país", afirmou. 

Wang ressaltou que a economia chinesa possui escala e resiliência suficientes. Ele comentou que com o esforço dos chineses para realizar a modernização, mais de 1,4 bilhão de pessoas têm se esforçado para a prosperidade comum, o que proporcionará mais oportunidades de mercado e desenvolvimento para países ao redor do mundo, incluindo os Estados Unidos.

A segunda certeza é a  resolução da China em reforma e abertura. Ele observou que o país asiático continuará a se abrir mais para o mundo, estabelecer um novo sistema de abertura de nível superior, construir uma economia mundial aberta e promover ainda mais globalização econômica.

A terceira certeza é que a política de Pequim em relação a Washington é a correta. Wang relembrou que o presidente chinês, Xi Jinping, apresentou os três princípios de respeito mútuo, coexistência pacífica e cooperação ganha-ganha entre os dois países. 

Já o presidente dos EUA, Joe Biden, por sua vez, enfatizou Wang, que não há interesse em uma nova Guerra Fria com a China, que não há pretensão em mudar o sistema chinês e que os EUA não apoiam a "independência de Taiwan" nem têm intenção de entrar em conflito com o país asiático..

A chave é que os Estados Unidos devem retornar rapidamente a uma política racional e prática para a China, disse o chanceler chinês.

A quarta certeza, elencou Wang, diz respeito à atitude da China de continuar a fortalecer a cooperação econômica e comercial com os EUA. Ele acrescentou que a China saúda o desenvolvimento de empresas dos EUA na China e continuará a fornecer um ambiente de negócios internacionalizado, legalizado e orientado para o mercado.

A quinta certeza é a disposição da China de realizar uma coordenação multilateral com os Estados Unidos. "A história provou e continuará a provar que a cooperação China-EUA pode realizar muitas tarefas importantes que são benéficas tanto para os países quanto para o mundo. Portanto, os dois lados devem defender a base política das relações bilaterais, respeitar com seriedade o princípio de Uma só China", frisou Wang. 

Wang encorajou os interlocutores a serem guardiões da cooperação mutuamente benéfica, promotores da coexistência pacífica e facilitadores da confiança mútua amigável e a desempenhar um papel ativo no retorno China-EUA relações com um caminho de desenvolvimento saudável e estável.

Encontro com Henry Kissinger

Durante a passagem por Nova York, Wang também se encontrou com o ex-secretário de Estado dos EUA Henry Kissinger. Na conversa, o chanceler chinês destacou que a prioridade urgente para a China e os Estados Unidos é lidar adequadamente com a questão de Taiwan e alertou que o manuseio incorreto terá um impacto subversivo nos laços bilaterais.

Wang pontuou que a visita da presidenta da Câmara dos EUA, Nancy Pelosi, à região de Taiwan; a deliberação do Senado sobre a "Lei de Política de Taiwan de 2022"; e as alegações sobre "defender" Taiwan do lado dos EUA desafiam gravemente os três comunicados conjuntos China-EUA e minam seriamente a base política das relações bilaterais. 

O chanceler chinês observou que a maior aspiração de Pequim é alcançar a reunificação pacífica do país e fará o possível para que isso aconteça. No entanto, quanto mais desenfreada for a "independência de Taiwan", menos provável será a resolução pacífica desta questão. 

"Como diz um velho ditado chinês, é melhor perder mil soldados do que perder uma polegada de terra. Esta é a vontade e determinação do povo chinês", afirmou.

Se a Lei Anti-Secessão for violada, a China tomará medidas resolutas de acordo com a lei para defender a soberania e a integridade territorial do país, acrescentou Wang. Adotada pela China em 2005, a Lei Anti-Secessão estipula que Taiwan faz parte da China, e o estado nunca permitirá que as forças secessionistas da "independência de Taiwan" façam o território insular chinês se separar da pátria sob qualquer nome ou por qualquer meio.

O chanceler chinês deixou claro que, para manter a paz e a estabilidade do Estreito de Taiwan, o lado dos EUA deve retornar totalmente ao significado original de "Uma só China" e se opor inequivocamente à "independência de Taiwan".

Sem nova Guerra Fria

Este ano marca o 50º aniversário da visita do ex-presidente dos EUA Richard Nixon à China quando foi celebrado o Comunicado de Xangai, relembrou Wang. Ele ressaltou que os dois países devem tratar com seriedade esse meio século de intercâmbios.

'Um velho e bom amigo'

Wang parabenizou Kissinger pelo 100º aniversário e o chamou de "velho e bom amigo do povo chinês", que fez contribuições históricas para o estabelecimento e desenvolvimento das relações China-EUA..

Kissinger, que participou pessoalmente da elaboração do Comunicado de Xangai entre a China e os Estados Unidos há 50 anos, lembrou como ele e os líderes chineses chegaram ao documento histórico da época e disse que a extrema importância da questão de Taiwan para a China deve ser plenamente reconhecido.

"Os EUA e a China devem ter diálogo, não confronto, e devem construir uma relação bilateral de coexistência pacífica", disse Kissinger.

Ministros de Turismo do Brics participam de reunião sobre crescimento verde, desenvolvimento sustentável e recuperação resiliente 

Os ministros de Turismo dos países que integram o Brics se reuniram para realizar intercâmbios e discussões sobre o tema "Crescimento Verde, Desenvolvimento Sustentável e Recuperação Resiliente". 

O encontro reuniu representantes da China, Brasil, Rússia, Índia, África do Sul e outros países nesta segunda-feira (19). O ministro da Cultura e Turismo da China, Hu Heping, presidiu a reunião e fez um discurso de abertura. Ele apresentou cinco propostas.

A primeira, promover ajuda mútua, melhorar o mecanismo de cooperação turística, incentivar departamentos administrativos de turismo, associações industriais, instituições de pesquisa e participantes do mercado em todos os níveis a fortalecer conexões horizontais e intercâmbios interativos. 

A segunda, aderir à cooperação pragmática, promover a recuperação e o desenvolvimento da indústria do turismo para ser mais resiliente e explorar conjuntamente um caminho viável para a recuperação e o desenvolvimento do turismo sob a epidemia. 

A terceira, incorporar o conceito verde, promover conjuntamente o desenvolvimento sustentável do turismo e promover o trabalho da Aliança de Turismo Verde do Brics para alcançar um progresso substancial. 

A quarta, insistir na inovação, capacitar o desenvolvimento do turismo com tecnologia digital e acelerar a promoção do turismo inteligente caracterizado pela digitalização, rede e inteligência. 

A quinta, incorporar a abertura e a inclusão, continuar a expandir o "círculo de amigos" dos países do bloco e compartilhar as oportunidades trazidas com mais países de mercados emergentes e em desenvolvimento.

Os ministros dos países participantes afirmaram que as conquistas da cooperação turística do Brics nos últimos anos, chegaram a um consenso sobre a urgência da recuperação do turismo e a importância de aumentar o número de turistas. 

Desde 2012, mais de 80% dos estudantes chineses que estudam no exterior retornaram à China

Hoje Macau

Desde 2012, mais de 80% dos estudantes chineses que estudam no exterior optaram por retornar à China após concluir os estudos. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (20) pelo Ministério da Educação chinês, que em coletiva de imprensa apresentou a cooperação e intercâmbio internacional em educação desde o 18º Congresso Nacional do Partido Comunista da China (PCCh).

No ano letivo de 2020-2021, os estudantes internacionais registrados no país retornaram de 195 países e regiões, o que representa 76% do total e um aumento de 35% em relação a 2012. Os números refletem que a educação chinesa na nova era tem se movido para o cenário mundial com uma atitude mais aberta, confiante e proativa.

Desde 2012, a China cooperou com 159 países e regiões para manter sedes do Instituto Confúcio, que cooperaram com 58 países e regiões. Nos últimos 10 anos, foi realizada a construção conjunta da iniciativa educacional Cinturão e Rota, fortalecida a interconexão com a construção conjunta do país no campo da educação, construídas 23 oficinas Luban e lançada a construção de escolas chinesas no exterior.

Internamente, o Ministério da Educação apoia a área da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau para construir uma área de demonstração de educação internacional; a região do Delta do Rio Yangtze, para construir uma área modelo de educação cooperativa internacional e um local de encontro para intercâmbios culturais internacionais.

Além disso, o governo chinês coopera com o Porto de Livre Comércio de Hainan para construir uma ilha internacional de inovação em educação; com Pequim para estabelecer uma área de demonstração para estudantes estrangeiros retornarem à China; e as regiões centro, oeste e nordeste para expandir a abertura da educação aos países vizinhos com base em suas vantagens geográficas.

A China também aprofundou a participação na governança global da educação com foco em questões globais, como redução da pobreza e combate à pandemia. O país fortaleceu ainda a cooperação com organizações internacionais relevantes com participação na cooperação educacional no âmbito de mecanismos multilaterais como Unesco, G20, Brics, Apec e Organização de Cooperação de Xangai.

Hefei sedia a Conferência Mundial de Manufatura 2022

Xinhua

Nesta terça-feira (20), foi aberta a Conferência Mundial de Manufatura de 2022, na cidade de Hefei, província de Anhui, no leste da China. O evento que vai até o dia 23 de setembro e apresenta novidades em equipamentos agrícolas, aeronáuticos, veículos de nova energia, robôs etc. 

Brasileiro radicado na China é destaque em matéria de jornal de Wuhan

Prefeitura da Wuhan - Renato Peneluppi Jr.

O brasileiro Renato Peneluppi Jr., advogado especializado em administração pública chinesa, mora em Wuhan, capital da província de Hubei, no centro da China, há 12 anos. Nesta terça-feira (20), ele foi personagem de uma extensa matéria no site oficial da cidade.

O texto trata do projeto "Casa em Wuhan", lançado em 2012, e traz um balanço de uma década da iniciativa que presta assistência a estrangeiros que escolhem morar no município chinês, mundialmente famoso por ter sido o local onde teve início a pandemia da Covid-19. Além de Renato, outros nove estrangeiros participam dessa série de reportagens especiais. 

Confira a matéria, em inglês, aqui

Universal Resort Pequim celebra primeiro aniversário

Xinhua

Nesta terça-feira (20), o Universal Resort Pequim celebrou o primeiro aniversário de abertura do parque. Ao longo de um ano de funcionamento o local se firmou como um novo marco cultural e turístico da capital chinesa. As instalações exclusivas de entretenimento, apresentações culturais, compras e restaurantes atraíram turistas de todo o país e impulsionaram o consumo cultural e turístico na região.

Com informações da CGTN e Xinhua