Um dia após defender o fim do regime dos aiatolás no Irã, o presidente dos EUA, Donald Trump, publicou um comunicado onde classifica como "fraco" os ataques iranianos às bases militares estadunidenses no Catar e no Iraque e afirma que vai trabalhar para que israelenses e iranianos selem a paz.
"O Irã respondeu oficialmente à nossa Obliteração de suas Instalações Nucleares com uma resposta muito fraca, o que esperávamos e que combatemos com muita eficácia. Foram disparados 14 mísseis — 13 foram derrubados e 1 foi 'liberado', porque estava indo em uma direção não ameaçadora. Tenho o prazer de informar que NENHUM americano foi ferido e quase nenhum dano foi causado", inicia Trump.
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Em seguida, Trump agradece o governo do Irã: "Mais importante ainda, eles tiraram tudo do seu 'sistema' e, espero, não haverá mais ÓDIO. Quero agradecer ao Irã por nos avisar com antecedência, o que tornou possível que nenhuma vida fosse perdida e ninguém ficasse ferido."
Ao término de sua mensagem, o presidente dos EUA diz que vai trabalhar para que israelenses e iranianos selem a paz: "Talvez o Irã possa agora prosseguir para a Paz e Harmonia na Região, e eu encorajarei Israel com entusiasmo a fazer o mesmo. Obrigado pela sua atenção a este assunto!"
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Trump ameaça atacar a Rússia caso o país ajude o Irã
O presidente dos EUA, Donald Trump, usou as redes sociais para fazer uma grave ameaça à Rússia. Por meio de uma publicação em sua rede social, a Truth Social, Trump ameaçou atacar o território russo caso o país resolva ajudar o Irã.
A motivação para a reação virulenta de Trump foi uma declaração do Vice-Presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev, de que os países aliados do Irã poderiam fornecer ogivas nucleares ao regime iraniano.
Em seu perfil no X, Medvedev comentou o ataque dos EUA contra o Irã e falou da produção de armas nucleares: "O que os americanos conseguiram com seus ataques noturnos em três instalações nucleares no Irã? 1. A infraestrutura crítica do ciclo do combustível nuclear parece não ter sido afetada ou sofreu apenas danos menores. 2. O enriquecimento de material nuclear — e, agora podemos dizer isso abertamente, a futura produção de armas nucleares — continuará. 3. Vários países estão prontos para fornecer diretamente ao Irã suas próprias ogivas nucleares."
Ao tomar conhecimento da declaração de Dmitry Medvedev, Trump reagiu e ameaçou atacar a Rússia: "Eu ouvi o ex-presidente Medvedev, da Rússia, usando casualmente a palavra 'N' (Nuclear!), dizendo que ele e outros países forneceriam ogivas nucleares para o Irã? Ele realmente disse isso ou é apenas fruto da minha imaginação? Se ele disse isso, e se for confirmado, por favor, me avise IMEDIATAMENTE. A palavra 'N' não deve ser tratada com tanta casualidade. Acho que é por isso que Putin é 'O CHEFE'. A propósito, se alguém acha que nosso 'hardware' estava ótimo durante o final de semana, longe de tudo, o equipamento mais forte e melhor que temos, 20 anos à frente do resto, são nossos Submarinos Nucleares. Eles são as armas mais poderosas e letais já construídas, e acabaram de lançar 30 Tomahawks — todos os 30 acertaram perfeitamente. Então, além dos nossos grandes pilotos de caça, obrigado ao Capitão e à tripulação!"
Irã contra-ataca e bombardeia base dos EUA no Catar
O Irã iniciou a sua operação de retaliação contra Washington nesta segunda-feira (23) ao atacar a base militar de Al-Udeid, no Catar, operada pela Força Aérea dos EUA.
Esta é a maior base militar americana em todo o Oriente Médio e é reconhecidamente um ponto estratégico para as operações de Washington na região. Segundo a emissora catari Al Jazeera, Al Udeid abriga cerca de 10 mil soldados estadunidenses.
O espaço aéreo do Catar foi fechado e, de acordo com a Axios, a Casa Branca já foi notificada da retaliação iraniana.
Fontes da imprensa israelense também alegam que houve um bombardeio a uma base estadunidense no Iraque, onde o Irã possui forte presença através de milícias aliadas, como o Kata'ib Hezbollah.
Veja vídeos:
Base de al Udeid
O local é a sede do quartel-general avançado do Comando Central dos Estados Unidos, do quartel-general do Comando Central das Forças Aéreas dos Estados Unidos, do Grupo Aéreo Expedicionário Nº 83 das Forças Aéreas Reais (Inglaterra) e da 379ª Asa Expedicionária Aérea das Forças Aéreas dos EUA.
O local foi estabelecido em 1996 e faz parte do arco de dezenas de bases militares estratégicas dos EUA ao redor do Oriente Médio.
Os Estados Unidos mantêm presença militar em pelo menos 19 bases no Oriente Médio, com cerca de 40 mil soldados e civis ativos na região. Essas bases estão distribuídas em países como o próprio Catar, além de Bahrein, Kuwait, Emirados Árabes Unidos, Iraque, Arábia Saudita, Jordânia e Egito.
