Um ato de extrema violência manchou as celebrações do Dia de Portugal, na noite desta terça-feira (10), no país europeu. Um grupo de neonazistas atacou atores e espancou um deles, em uma área próxima ao Teatro Barraca, em Lisboa.
O fato forçou o cancelamento do espetáculo “Amor é fogo que arde sem se ver”, texto de Luís de Camões, ícone literário lusitano, homenageado na data.
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O discurso de ódio aumenta em Portugal, conforme vem alertando a União Europeia. Além disso, a extrema direita avança no país, especialmente após o partido Chega, que prega a anti-imigração, se transformar na principal oposição no Parlamento.
Margarida Balseiro Lopes, ministra da Cultura de Portugal, condenou o que classificou como “ataque covarde à liberdade de expressão, ao direito à criatividade, aos valores democráticos que nos definem como país”.
Principal vítima
Adérito Lopes, ator que interpreta Camões no espetáculo, foi a maior vítima da violência neonazista. Ele precisou ser hospitalizado com ferimentos, principalmente no rosto.
A diretora da peça, Maria do Céu Guerra, declarou, em entrevista à SIC, rede de TV portuguesa, que o grupo tinha cerca de 30 neonazistas e voltava de uma manifestação com cartazes e folhetos xenófobos, que diziam “Portugal para os portugueses”.
Primeiramente, os integrantes da quadrilha agrediram verbalmente uma atriz, que estava vestindo uma camiseta com a imagem de uma estrela associada à esquerda. Na sequência, atacaram dois atores, principalmente Lopes. Até o momento, a polícia prendeu uma pessoa.
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