EXTREMA DIREITA

VÍDEO: Neonazistas saem às ruas na Áustria e polícia prende antifascistas

Grupo ultranacionalista reuniu extremistas de direita de diferentes partes do mundo em Viena; esquerda local tentou impedir a marcha

Neonazistas em marcha na capital da Áustria, Viena.Créditos: Reprodução
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De BERLIM | Neonazistas saíram pelas ruas de Viena, capital da Áustria, na tarde do último sábado (20), em uma marcha que tinha como lema a "remigração", termo utilizado por extremistas de direita para defender a expulsão em massa de migrantes e o retorno aos seus países de origem. 

Convocado pelo "Movimento Identitário", grupo de extrema direita de pautas ultranacionalistas e racistas, o ato reuniu cerca de 300 pessoas – número bem aquém do esperado, já que o "protesto" vinha sendo organizado há meses. Lideranças de grupos neonazistas de outros países europeus, como França, Alemanha, Espanha, Bélgica e Suíça marcaram presença. 

Também se somaram à marcha neonazista uma delegação de políticos do Partido da Liberdade da Áustria (FPÖ), legenda de extrema direita que venceu no país as eleições ao Parlamento Europeu em junho. Esteve presente, ainda, Herbert Fritz, de 84 anos, cofundador do Partido Nacional Democrata, banido em1988 por infringir a legislação antinazista do país.

Em número muito maior, ativistas de esquerda saíram às ruas da capital austríaca na tentativa de impedir a realização da marcha de extrema direita. A polícia, entretanto, fez cordões de isolamento para evitar o contato entre os dois grupos e prendeu cerca de 50 pessoas que furaram os bloqueios – a maior parte delas antifascistas que protestavam contra os neonazistas. 

Em declaração à imprensa, o ministro do Interior austríaco, Gerhard Karner, disse que os detidos serão processados criminalmente.

"A polícia na Áustria é garantidora e protetora do Estado de Direito. Os crimes, especialmente no contexto de manifestações, serão consistentemente processados ??pela polícia - independentemente de serem cometidos por extremistas de esquerda ou de direita", disse. 

Políticos de legendas de esquerda, como os Verdes e o Partido Social-Democrata (SPÖ), se manifestaram contra a realização do ato de extrema direita e alertaram para as ligações entre membros do FPÖ e o neonazismo, sobretudo diante da proximidade das eleições legislativas da Áustria, que serão realizadas em setembro. 

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