SIONISMO

Exército israelense atira na direção de diplomatas na Palestina; governo Lula condena operação

Comitiva tinha representantes de França, Itália, Espanha, Canadá, Dinamarca, Finlândia, Reino Unido e ONU

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O Ministério das Relações Exteriores da Palestina denunciou nesta quarta-feira (21) que forças israelenses abriram fogo real contra uma delegação diplomática internacional que visitava a cidade de Jenín, no norte da Cisjordânia ocupada.

Segundo a chancelaria palestina, os disparos teriam como objetivo “intimidar” os diplomatas, que estavam no local para realizar entrevistas e encontros com autoridades palestinas.

Vídeos divulgados pelo ministério mostram pelo menos dois soldados israelenses atirando na direção do grupo, que contava com cerca de 30 pessoas.

eja vídeo:

Entre os representantes estavam diplomatas de países como França, Itália, Canadá, Dinamarca e Finlândia, além de delegados de outras nações que mantêm representação nos territórios palestinos.

Em nota oficial, o Ministério de Relações Exteriores da Autoridade Nacional Palestina (ANP) classificou o episódio como uma “escalada perigosa” e responsabilizou diretamente o governo de Israel pelo que chamou de “ataque covarde”. A ANP pediu ainda que os países envolvidos adotem “posições claras e medidas dissuasórias contra as autoridades ocupantes”.

Governo Lula condena operações na Cisjordânia

Em nota, o Ministério de Relações Exteriores emitiu um comunicado nesta quarta-feira (21) condenando as operações militares israelenses na Cisjordânia.

Leia a nota, na íntegra:

O governo brasileiro condena, nos mais fortes termos, o lançamento de nova ofensiva israelense na Faixa de Gaza, com intensificação dos bombardeios aéreos e expansão das operações terrestres, que provocaram, nos últimos dias, a morte de mais de 300 palestinos, incluindo mulheres e crianças, e forçaram deslocamento de mais de 60 mil pessoas.

Ao deplorar a declaração do Primeiro-Ministro de Israel de que o país "assumirá o controle" de toda a Faixa de Gaza, o Brasil recorda que qualquer pretensão de exercer autoridade permanente em território ocupado é incompatível com as normas de direito internacional. O Brasil reafirma, ainda, que a única solução legítima e duradoura para o conflito reside na implementação definitiva da solução de dois Estados.

Submetida há mais de dois meses a bloqueio completo, a Faixa enfrenta, ademais, risco iminente de fome generalizada. O Brasil expressa grave preocupação com a anunciada intenção israelense de permitir ingresso mínimo de alimentos e remédios em Gaza, recordando que o uso da fome como método constitui crime de guerra.

O Brasil conclama o governo de Israel a permitir acesso imediato e desimpedido de ajuda humanitária ao território, em consonância com suas obrigações de Direito Internacional Humanitário, assim como reitera apelo em favor da cessação permanente das hostilidades, retirada completa das forças israelenses de Gaza e da libertação dos reféns remanescentes.

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