SIONISMO

Israel "mata bebês como passatempo", confessa general sionista opositor de Netanyahu

Yair Golan tem sido alvo de hostilidades depois de denunciar similaridade de Israel com o regime de apartheid da África do Sul

Yair Golan, líder do partido Os Democratas, de Israel
Yair Golan, líder do partido Os Democratas, de IsraelCréditos: Wikimedia Commons
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Yair Golan, ex-vice-chefe do Estado-Maior das Forças de Defesa de Israel (IDF) e atual líder do partido Democratas, declarou nesta terça-feira que Israel "está a caminho de se tornar um Estado pária, como foi a África do Sul, se não voltarmos a agir como um país sensato".

As afirmações, feitas à emissora públic Yan, geraram fortes reações no cenário político sionista.

Golan, major-general reformado em 2018 após 38 anos de serviço, criticou duramente as ações do governo: "Um país são não luta contra civis, não mata bebés como passatempo e não tem como objetivo expulsar populações".

Ele acusou ainda a liderança de estar "cheia de vingativos, sem moral e sem capacidade para governar um país em tempos de crise", alertando que isso "põe em risco a nossa existência".  

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, acusado de genocídio no Tribunal Penal Internacional, reagiu com veemência, condenando a "incitação selvagem" de Golan.

Netanyahu lembrou ainda o controverso discurso de Golan em 2016, quando, como vice-chefe do Estado-Maior, comparou processos em Israel aos da Alemanha nazista.  

À época, Golan disse:

"Se há algo que me assusta na lembrança do Holocausto, é discernir as tendências nauseantes que ocorreram na Europa em geral, e na Alemanha especificamente naquela época, 70, 80 e 90 anos atrás, e ver evidências delas aqui entre nós no ano de 2016. (…) Afinal, não há nada mais simples e fácil do que odiar o estrangeiro, não há nada mais simples e fácil do que despertar medos e intimidar, não há nada mais simples e fácil do que se tornar bestial, renunciar aos próprios princípios e tornar-se presunçoso.”

Até o momento, mais de 62 mil palestinos foram mortos no genocídio em Gaza. Milhares de pessoas estão em situação completa de fome por conta do bloqueio israelense à ajuda humanitária estrangeira ao enclave palestino.

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