O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, respondeu neste sábado (8) às provocações do presidente dos EUA, Donald Trump, que fez várias ameaças à nação iraniana, inclusive com intervenção militar.
Em sua declaração, o líder iraniano afirmou que Trump não busca "resoluções". "Alguns governos intimidadores — eu realmente não conheço nenhum termo mais apropriado para algumas figuras e líderes estrangeiros do que a palavra bullying — insistem em negociações [...] Suas negociações não visam resolver problemas, elas visam à dominação", disparou o aiatolá Ali Khamenei.
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Posteriormente, o líder supremo do Irã afirmou que "não aceita exigências" de Trump e que o governo dele e de outros países visam estabelecer "novas expectativas que definitivamente não serão atendidas pelo Irã".
Em outro momento, o líder do Irã falou sobre uma suposta carta enviada pelo governo dos EUA. "Ouvimos falar dela [carta], mas não sabemos nada".
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Sobre o fato de o Irã não ter cumprido o acordo nuclear com os EUA e Europa, Khamenei foi enfático: "Você diz que o Irã não cumpriu seus compromissos sob o JCPOA [acordo nuclear]. Ok, você cumpriu seus compromissos sob o JCPOA?", questionou.
Por fim, Khamenei rejeitou qualquer tipo de acordo com Trump, pois não o considera "uma pessoa digna de trocar mensagens".
Trump ameaça Irã
O presidente dos EUA, Donald Trump, declarou durante coletiva realizada na sexta-feira (7) que enviou uma carta ao governo do Irã propondo discutir o acordo nuclear. O regime iraniano nega ter recebido o comunicado.
"Eu disse que espero que você negocie, porque vai ser muito melhor para o Irã [...] Estamos com os golpes finais no Irã. Esse vai ser um momento interessante. E vamos ver o que acontece. Mas estamos nos momentos finais. Momentos finais. Não posso deixá-los ter uma arma nuclear", disparou Trump.
Em seguida, Trump ameaçou atacar o Irã. "Temos uma situação com o Irã, e algo vai acontecer muito em breve... Espero que possamos ter um acordo de paz. Você sabe, eu não estou falando de força ou fraqueza. Estou dizendo que prefiro ver um acordo de paz do que o outro, mas o outro resolverá o problema", ameaçou.
