O presidente dos EUA, Donald Trump, que até então se mostrava totalmente alinhado com Vladimir Putin, surpreendeu a todos e, em comunicado publicado nesta sexta-feira (7), fez uma grave ameaça ao líder russo.
Na semana passada, ao receber o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, na Casa Branca, Trump armou uma arapuca para o líder ucraniano e o humilhou durante coletiva de imprensa. Aos berros, declarou que ele "jogava mais as cartas" e que era hora de falar em paz e não mais em guerra.
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A atitude de Trump provocou uma dura reação da Europa, personificada na figura do presidente francês, Emmanuel Macron, que subiu o tom contra o mandatário estadunidense e declarou que era hora de rearmar o continente europeu. Discurso endossado pela presidenta da Comissão Europeia, Úrsula von der Leyen.
No entanto, Trump confirmou nesta sexta quem, como dizem aliados e detratores, não é uma pessoa de confiança e que pode mudar de opinião da noite para o dia. Em uma publicação nas redes sociais, ordenou que Putin pare de atacar a Ucrânia, caso contrário, sofrerá novas sanções e tarifas por parte dos EUA.
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"Com base no fato de que a Rússia está 'batendo' na Ucrânia no campo de batalha agora mesmo, estou considerando fortemente Sanções Bancárias, Sanções e Tarifas em larga escala sobre a Rússia até que um Cessar-fogo e um ACORDO FINAL DE PAZ SEJAM ALCANÇADOS. Rússia e Ucrânia, sentem-se na mesa agora mesmo, antes que seja tarde demais. Obrigado!", disparou Donald Trump.
Zelensky diz estar pronto para encerrar a guerra após Trump cortar apoio à Ucrânia
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, publicou um longo texto em suas redes sociais onde diz estar pronto para assinar um acordo de paz com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e com a ajuda de Donald Trump, o atual líder dos EUA.
A declaração de Zelensky ocorre após alguns dias em que ele foi humilhado pelo presidente dos EUA que, na frente de jornalistas, afirmou que ele "não tem mais cartas" e que já teria perdido a guerra sem a ajuda estadunidense. Trump também se queixou pelo fato de o líder ucraniano nunca falar em paz.
O anúncio de Zelensky também ocorre menos de 24 horas após Trump anunciar que não vai mais ajudar financeiramente a Ucrânia.
"Gostaria de reiterar o compromisso da Ucrânia com a paz. Nenhum de nós quer uma guerra sem fim. A Ucrânia está pronta para vir à mesa de negociações o mais rápido possível para trazer uma paz duradoura para mais perto. Ninguém quer a paz mais do que os ucranianos. Minha equipe e eu estamos prontos para trabalhar sob a forte liderança do presidente Trump para obter uma paz duradoura", iniciou Zelensky.
Em seguida, Zelensky afirma que está pronto "para trabalhar rápido para acabar com a guerra, e os primeiros estágios podem ser a libertação de prisioneiros e trégua no céu — proibição de mísseis, drones de longo alcance, bombas em energia e outras infraestruturas civis — e trégua no mar imediatamente, se a Rússia fizer o mesmo. Então, queremos avançar muito rápido por todos os próximos estágios e trabalhar com os EUA para chegar a um acordo final forte".
Zelensky também agradece a ajuda dos EUA. "Nós realmente valorizamos o quanto a América fez para ajudar a Ucrânia a manter sua soberania e independência. E nos lembramos do momento em que as coisas mudaram quando o presidente Trump forneceu Javelins à Ucrânia. Somos gratos por isso".
De maneira indireta, o líder ucraniano pede desculpas a Trump por causa da forma como a reunião terminou na Casa Branca na última sexta-feira (28). "Nossa reunião em Washington, na Casa Branca, na sexta-feira, não ocorreu como deveria. É lamentável que tenha acontecido dessa forma. É hora de consertar as coisas. Gostaríamos que a cooperação e a comunicação futuras fossem construtivas".
Por fim, Zelensky também ressaltou que a Ucrânia "está pronta" para assinar o acordo sobre minerais e segurança. "A Ucrânia está pronta para assiná-lo a qualquer momento e em qualquer formato conveniente. Vemos este acordo como um passo em direção a uma maior segurança e garantias de segurança sólidas, e eu realmente espero que ele funcione efetivamente", concluiu.
Trump suspende ajuda militar à Ucrânia
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ordenou a suspensão imediata da ajuda militar à Ucrânia, aprofundando a crise entre Washington e Kiev após um embate público no qual o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, foi humilhado pelo titular da Casa Branca. A decisão foi anunciada nesta segunda-feira (3) por um funcionário do governo dos EUA, em caráter de anonimato, à agência Reuters.
Segundo fontes da Casa Branca, a ajuda foi congelada nas primeiras horas desta terça-feira (4), e todas as entregas militares para Kiev foram suspensas. O governo da Rússia celebrou a decisão, classificando-a como "a melhor contribuição para a paz", mas alertou que aguardaria detalhes sobre os próximos passos do governo americano.
"O presidente deixou claro que está focado na paz. Precisamos que nossos parceiros também estejam comprometidos com esse objetivo. Estamos pausando e revisando nossa ajuda para garantir que ela esteja contribuindo para uma solução", disse a fonte da Casa Branca.
O episódio marca uma guinada na postura dos EUA em relação à Ucrânia. Desde sua volta ao poder, Trump tem adotado uma linha mais conciliatória com Moscou e cobrado de Zelensky uma disposição maior para negociar com Vladimir Putin. O encontro da última sexta-feira (28), do qual Zelensky saiu humilhado, evidenciou essa nova abordagem. Durante a reunião na Casa Branca, Trump criticou o presidente ucraniano por não reconhecer devidamente o apoio de Washington e, segundo relatos da imprensa americana, chegou a ordenar que o presidente ucraniano deixasse o local antes do previsto.
"Ele pode voltar quando estiver pronto para a paz", ironizou o republicano, enquanto Zelensky ainda estava na sede do governo, onde permaneceu por apenas pouco mais de duas horas.
A suspensão da ajuda militar ocorre enquanto os EUA negociam um acordo para investimentos nos minerais estratégicos da Ucrânia. Trump indicou que esse pacto ainda pode ser fechado, apesar de seu desgaste com Kiev.
Trump volta a atacar Zelensky
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a criticar o mandatário da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. Desta vez, o motivo foi uma declaração dada por Zelensky à Associated Press (AP).
Em entrevista à AP, o presidente ucraniano afirmou que o fim da guerra "está muito longe". Ao tomar conhecimento das declarações de Zelensky, Trump reagiu com indignação e disparou novos ataques contra o líder da Ucrânia.
"Esta é a pior declaração que poderia ter sido feita por Zelensky, e a América não vai tolerar isso por muito mais tempo! É o que eu estava dizendo: esse cara não quer que haja paz enquanto tiver o apoio da América. E a Europa, na reunião que teve com Zelensky, declarou categoricamente que não pode fazer o trabalho sem os EUA. Provavelmente, não foi uma grande declaração em termos de demonstração de força contra a Rússia. O que eles estão pensando?", disparou Trump.
O que disse Trump a Zelensky no Salão Oval
“Ou faça um acordo ou estamos fora".
"Você está em apuros... você não vai ganhar isso. Você está apostando com as vidas de milhões de pessoas. Você está apostando com a Terceira Guerra Mundial, e o que você está fazendo é muito desrespeitoso com este país".
"Nós lhe demos US$ 350 bilhões, nós lhe demos equipamento militar e muito apoio. Se você não tivesse nosso equipamento militar, esta guerra teria acabado em duas semanas".
"Eu acho que é bom para o povo americano ver o que está acontecendo. É por isso que guardei essa história por tanto tempo. Você tem que ser grato por tudo o que fizemos. Você simplesmente não tem as cartas".
Após o término da reunião, Trump fez uma publicação dura nas redes sociais atacando o chefe de estado ucraniano.
“Tivemos uma reunião muito significativa na Casa Branca hoje. O mundo viu o que nunca poderia ser compreendido sem uma conversa sob tanta pressão. É incrível o que sai através da emoção, e eu determinei que o Presidente Zelensky não está pronto para a paz se a América estiver envolvida, porque ele sente que nosso envolvimento lhe dá uma grande vantagem nas negociações. Eu não quero vantagem, eu quero PAZ. Ele desrespeitou os Estados Unidos da América em seu querido Salão Oval. Ele pode voltar quando estiver pronto para a paz", escreveu Trump.